No intuito de discutir ideias e divulgar as propostas dos jovens petistas para o Partido dos Trabalhadores, a juventude do PT realizou, na última quarta-feira (11), um debate entre representantes das teses aos 3º Congresso Nacional da Juventude do PT (3º ConJPT).
Após as discussões, cada representante fez seu balanço do debate e falou da expectativa para a próxima gestão da JPT.
O atual secretário nacional da Juventude do PT e candidato a reeleição, Jefferson Lima, avaliou o debate de forma positiva.
“Contamos com a participação das mais diversas teses aos 3º Congresso Nacional da Juventude do PT, colocando o conjunto de opiniões, de ideias para a nossa juventude e apontando, na avaliação de cada um, qual o caminho e o rumo que a juventude do Partido dos Trabalhadores tem que ter dentro do partido e também no diálogo com a sociedade”
Segundo ele, a diversidade de ideias e de opiniões é muito importante para oxigenar e renovar o PT, além de favorecer “um processo mais ousado dentro e fora do nosso partido e no diálogo com o conjunto da sociedade”.
“Todo debate é bem-vindo. Nós fizemos isso durante todos os congressos municipais, estaduais e agora nesse debate nacional”, explicou.
“É preciso entender, também, qual o papel, enquanto jovens do Partido dos Trabalhadores na defesa do PT e na condução dos próximos 30 anos do nosso partido e qual o rumo que nós vamos apresentar para o PT”, destacou.
Jefferson ainda afirmou que próxima gestão da JPT precisa estar sintonizada com a diversidade da juventude brasileira hoje.
“Precisa entender o que o jovem do nosso País está querendo, está pensando, as formas de organização e qual é essa sintonia, com o PT, com a juventude e com a sociedade brasileira. Então é um desafio grande, e eu espero que a gente possa sair desse Congresso com muita unidade política, não só no debate de ideias, mas também nas ações práticas, que é isso que o nosso partido está precisando”, finalizou.
Para a representante da tese “Fora da Ordem”, Tássia Rabelo, a próxima gestão da JPT deve de fato exercer sua autonomia política e que tenha a capacidade de pressionar o PT e o governo à esquerda.
“Espero que no Congresso Nacional da Juventude a gente possa fazer um debate aprofundado, que a gente consiga tirar uma resolução que de fato reflita as discussões que a gente está fazendo na base”, destacou.
Já para William Marques, da tese “Cordel da Disparada”, o debate foi produtivo por possibilitar que os delegados do Congresso conheçam melhor e analisem as propostas dos candidatos.
“A próxima gestão da JPT precisa radicalizar para a esquerda e fazer um projeto para a juventude, não só do PT, mas para a juventude brasileira”, enfatizou.
“E essa gestão da JPT não conseguiu fazer um projeto para essa juventude brasileira, de como vai inserir essa juventude no mercado de trabalho e como vamos fazer a disputa na sociedade. Então a próxima gestão tem um papel fundamental de fazer e criar um projeto para a juventude”, ponderou.
Pela tese “Ousadia Militante”, Leonardo Aragão avaliou que falta ousadia à Juventude do PT.
“Para mim, a expectativa do debate era muito boa e acho que cumpriu seu papel. Foi uma oportunidade de trocar ideias, de falar o que cada força pensa sobre a juventude do PT”, disse. Leonardo, no entanto, registrou que sentiu falta de outros debates ao longo do processo.
“A próxima gestão tem esse desafio de em um momento em que o PT está acuado, que o PT vem sofrendo ataques, a juventude do PT tem esse papel disputar o coração da juventude, das ideias da juventude não só enquanto partido, mas fomentando também movimentos sociais, os conselhos da juventude”, completou.
O representante da tese “Uma JPT para tempos de guerra”, Rodrigo César, fez um balanço positivo do debate. “Em primeiro lugar pela iniciativa. Mas a gente faz a avaliação que poderiam ter outros momentos anteriores, para a gente chegar aqui com um acúmulo de debates prévios”, ponderou.
“A gente avalia que, se hoje a juventude do PT tem um acúmulo sobre o programa e dos direitos que a gente quer garantir para a juventude brasileira, por outro lado tem uma deficiência muito grande em termos de organização e ação coletiva para fazer eles se tornarem realidade”, destacou.
Apesar de avaliar alguns problemas na mobilização e no debate político no processo de construção do Congresso, Rodrigo afirmou ter “grandes expectativas” em relação ao 3º ConJPT, “porque acredito que a militância da juventude do PT é muito maior do que a Secretaria Nacional da Juventude do PT ou qualquer órgão em torno do qual a juventude possa se organizar”.
“O petismo é maior que o PT e em diversos momentos da história do partido foi a militância petista que salvou o Partido dos Trabalhadores nos momentos mais difíceis de crise e esse momento de crise que nós estamos vivendo é o mais profundo da nossa história e eu tenho certeza absoluta que a juventude petista não vai faltar ao seu compromisso”, garantiu.
Da Redação da Agência PT de Notícias