A proposta do governo de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) de reestruturação do ensino público de São Paulo vai acarretar em fechamento de escolas, demissão de professores e possível evasão escolar. É o que afirma o secretário municipal da Juventude do PT de São Paulo, Vitor Marques.
“Na prática, a proposta vai gerar primeiro um deslocamento maior para os estudantes chegarem até as escolas. Possivelmente isso pode acarretar numa evasão escolar dos alunos e também a demissão de professores, porque muitos deles são contratados, não estão efetivados”, explica.
“Na verdade, o que Alckmin tenta fazer é delegar a educação, é se eximir da educação. A Apeoesp já mapeou algumas escolas e isso possivelmente vai acarretar no fechamento de algumas escolas”, acrescenta.
Para Marques, um dos problemas da proposta do governo tucano é que ela não foi discutida com a população e está sendo feita da noite para o dia.
“Isso tudo foi da noite para o dia. E não há nenhum decreto, não há nenhum ato formal que regulamenta, que explica, que organiza como vai se dar essa restruturação. Há apenas uma manifestação do secretário estadual de educação dizendo que os ciclos serão separados nas escolas”, conta.
O secretário municipal da JPT ressalta que, além de não ser discutida, a proposta “não consta no Plano Estadual de Educação, que inclusive ainda têm audiências públicas programadas para acontecer”.
Segundo ele, a medida proposta pelo governador deveria ser construída ao longo de 10 ou 15 anos. “Não se faz da noite para o dia. Você acaba com o vínculo que o aluno tem com a turma, com a escola, com os professores. É muito prejudicial”, afirma.
Em São Paulo, a juventude do Partido dos Trabalhadores formou um coletivo, a JPT pela Educação, que está mobilizando estudantes, pais, professores, movimentos ligados à educação e inclusive outros partidos, para criar uma frente de luta contra o fechamento das escolas.
“Estamos fazendo um movimento de agregar e construir uma frente de luta contra essa medida. Já conversamos com outras forças para ampliar esse campo, como a UBES, UJS, Levante, Consulta”, destaca Marques.
“Nós estamos participando dos atos e vamos ocupar a Assembleia Legislativa também. Estamos construindo um documento articulado e unificado. A Juventude do PT não vai ficar calada frente a essa ameaça à educação em São Paulo”, finalizou o secretário municipal da JPT Sampa.
Da Redação da Agência PT de Notícias