Partido dos Trabalhadores

Lava-Jato derruba mais um integrante do governo golpista de Temer

José Yunes, que também é amigo do presidente golpista, renuncia ao cargo após denúncia de que intermediou repasse de propina da Odebrecht ao PMDB

Foto Lula Marques/Agência PT

O advogado José Yunes, assessor especial e amigo pessoal do presidente usurpador Michel Temer, pediu demissão do cargo, nesta quarta-feira (14), após ter sido citado no acordo de delação do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho.

O delator afirmou que parte do repasse de R$ 10 milhões feito pela empresa ao PMDB foi entregue no escritório de advocacia de Yunes, em São Paulo, a pedido do próprio Temer.

A versão de Melo Filho foi confirmada pelo ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, de acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”.

Em seu depoimento, Melo Filho contou que Temer pediu dinheiro à Odebrecht durante um jantar em 2014 na residência oficial do então ex-presidente. A empreiteira decidiu, então, destinar R$ 10 milhões ao partido.

Desse dinheiro, de acordo com o delator, R$ 4 milhões foram repassados por meio do atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e R$ 6 milhões foram enviados para a campanha do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (PMDB), então candidato ao governo do estado.

Vale lembrar que a Fiesp, comandada por Skaf, foi uma das principais investidoras e incentivadoras da campanha que levou ao golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.

 

Cai-cai do governo Temer

A quantidade de denúncias que recaem sobre integrantes do governo usurpador e também sobre o presidente golpista resultou, em sete meses, a queda de seis ministros – sem contar assessores próximos, como o caso de Yunes.

O caso mais recente foi o do ex-ministro golpista da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Ele enviou carta de demissão a Temer, no fim de novembro, após escândalo de uso de sua posição no governo para conseguir vantagens pessoais, denunciado pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que também se demitiu.

Outros três caíram em decorrência de denúncias ligadas a Operação Lava-Jato: Romero Jucá (Planejamento), Henrique Alves (Turismo) e Fabiano Silveira (Transparência, Fiscalização e Controle).

Além desses, Fábio Medina Osório deixou o cargo de ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), após afirmar que o governo golpista queria abafar as investigações da Lava Jato.

 

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do UOL