Muita gente aplaudiu a Lava Jato porque, dizendo atacar a corrupção, colocou pessoas poderosas na cadeia. A bem da verdade, a operação chefiada pelo juiz Sérgio Moro tem o maior acervo de denúncias contra os principais políticos brasileiros.
Mas ao invés de prender, na cadeia, vão para casa com tornozeleira todos os corruptos. Moro já mandou tirar as tornozeleiras. O problema é que Moro usa essas denúncias de forma seletiva!
“Está em curso uma guerra ao PT, vendida ao grande público como combate à corrupção”. Quem afirma isso é Armando Rodrigues Coelho Neto, Delegado de Polícia Federal, aposentado e jornalista, ex-representante da Interpol em São Paulo.
Fica claro que a lava Jato está a serviço do golpe no Brasil, pois foi um dos pilares que vazou, durante dois anos, diariamente, denúncias seletivas para a mídia, principalmente a Globo, que resultou no desgaste da Petrobrás e no impeachment da presidente Dilma.
E a mesma lava Jato persegue implacavelmente o ex-presidente Lula. E eles mesmos afirmam que não têm provas, e falam em convicção de que Lula é o comandante máximo da corrupção na Petrobrás.
Se contra lula valem denúncias sem provas, para a Lava Jato, contra os tucanos, nem com provas e convicção, tucano não é preso e nem mesmo investigado, apesar das várias evidências, como as citadas abaixo:
– O governo de FHC já foi delatado, inúmeras vezes, na Lava Jato, e o próprio FHC reconhece, em livro Diários da Presidência, que havia corrupção na Petrobrás em seu governo, e nada de investigação.
_ Pasmem! O tucano Pedro Parente, presidente da Petrobrás, está fazendo uma verdadeira liquidação na Petrobrás, vendendo sem licitação reservas gigantescas de petróleo do campo de Carcará, a preço de um refrigerante por barril de petróleo, quando o preço do barril, no mercado internacional, é de US$ 45 e a Lava Jato se esconde.
_ Por que não prende o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, mais de cinco vezes citado na Lava Jato e há um avião de provas contra ele? Entretanto, muito espertamente, para desviar a atenção da sociedade, vai prender o governado Anthony Garothinho, desafeto da Globo.
Fica claro para a sociedade que a lava Jato não investiga nem prende tucano!
E agora, para que todos entendam que a Lava Jato só quer destruir a Petrobrás: foram eles, a própria lava Jato, que convocou os procuradores estadunidenses para investigar a Petrobras. Ou seja, nossa justiça convoca os americanos para que tenham acesso às investigações, dando munição para que apliquem multas astronômicas contra a Petrobrás e o Brasil.
A principal denúncia dos gringos vem dos investidores que culpam a Petrobrás pela queda do preço das ações. A Lava Jato permite que os gringos prejudiquem o Brasil mesmo sabendo que a queda dos papeis das empresas de petróleo, no mundo, foi por conta da derrubada do preço internacional do petróleo, cujo o principal suspeito é os EUA.
Os estadunidenses teriam feito essa política de baixar o preço do petróleo para prejudicar os países produtores, entre eles principalmente a Rússia, Irã, Venezuela e o Brasil. E os estadunidenses, com aval de Moro, querem responsabilizar a Petrobrás.
Se a lava Jato buscasse justiça, poderia tentar mandar também nossos procuradores investigar a Chevron, petroleira americana, denunciada pelo Wikleaks, pela troca de correspondência em 2009 entre ela e o então candidato à presidência, o tucano José Serra. Nesses documentos, Serra promete favores à petroleira estadunidense, em prejuízo da Petrobrás. É claro que a justiça americana, jamais, em tempo algum, permitiria que a justiça brasileira entrasse lá para investigar qualquer coisa, como a Lava Jato permitiu aqui.
O EUA só tem petróleo para três anos e, por conta disso, faz inúmeras guerras, derruba governos e faz políticas de preço para conseguir apanhar o petróleo alheio. No Brasil, deram o golpe e agora levam nosso petróleo, sem dar um tiro, apenas cooptando as autoridades brasileiras!
Para os petistas as acusações valem sem provas, mas com convicção; para os tucanos, mesmo com provas e convicção, a prescrição!
Emanuel Cancella é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)