A perseguição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o único objetivo de não o deixar ser candidato. A avaliação, já unânime dentro do Partido dos Trabalhadores, é reforçada pelo presidente do diretório estadual do PT de Rondônia, Lazinho da Fetagro.
“O objetivo não é prender Lula. É tentar tirar dele o direito de se candidatar e colocar o nome para ser avaliado novamente pela sociedade. Esse é o objetivo deles. Tentaram desgastar sua imagem e já viram que não conseguem desgastar o suficiente para ele não ser candidato”, afirmou Lazinho.
Na sua opinião, o desgaste da imagem de Lula ficou a cargo, especialmente, da mídia, que não tem conseguido o resultado esperando.
“Acho que a sociedade, de uma forma em geral, não acredita muito mais na mídia, haja visto que Lula continua crescendo das pesquisas de intenção de votos para 2018.”
Para ele, porém, o Partido dos Trabalhadores precisa aproveitar a conjuntura para debater com a sociedade. E a melhor forma para isso, segundo Lazinho, é discutir com o povo as pautas das reformas trabalhista e da Previdência.
“Essas pautas abrem espaço para o PT fazer o debate estruturante do País, jogam o foco negativo para cima da direita e nos permitem mostrar quem estava certo e quem estava errado no processo do golpe, assim como mostrar o legado dos governos do PT”, destacou.
Esse novo campo de diálogo com a sociedade resgata o ânimo da militância petista para fazer o debate com a sociedade e o embate com a direita, inclusive em Rondônia, que tem uma base eleitoral muito conservadora.
Para o presidente do PT-RO, o enfrentamento com a direita será constante, pois o que está em disputa é o modelo de governo: “Há uma disputa clara de para quem cada um governa e isso nós temos que mostrar”.
Sobre as pautas locais do PT em Rondônia, Lazinho da Fetagro destacou que o momento é de organizar a estrutura interna do partido, consolidar e retomar o relacionamento com os movimentos sociais no estado.
“Fazer essa reaproximação, com o objetivo buscar novas lideranças, ampliar o quadro para dentro dos movimentos sociais e de alargar a filiação, chamar mais filiados na juventude, mulheres. Desta forma, preparar o partido, a curto e médio prazo, a voltar a ser uma potência aqui no estado.”
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias