O líder do PT na Comissão Mista do Orçamento (CMO), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou à Agência PT de Notícias que “a oposição reconheceu o que o governo fez” nas políticas sociais contra a pobreza e a fome, ao manter intacta na votação do Orçamento, a despesa de R$ 28,1 bilhões destinadas ao programa Bolsa Família em 2016.
O relator do projeto do orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR), tinha incluído na sua proposta, lida na segunda-feira (14), um corte de R$ 10 bilhões nos recursos do programa do próximo ano. Contando com os votos da oposição, o parlamentar esperava reduzir a R$ 19,1 bilhões os recursos do programa para o ano que vem.
Entretanto, Barros acabou solitário na defesa do relatório antes da votação. “Só o relator ficou a favor do corte”, surpreendeu-se o deputado, ao lembrar que “eles (da oposição) falam muito (do governo e suas políticas) mas têm conduta republicana para reconhecer o que o governo do PT fez de bom para os mais pobres”.
Para Pimenta, falar é uma coisa, agir, outra. “Com certeza, a oposição não tem condições políticas de ir contra o programa, apesar de falar mal dos gastos”, observou Pimenta.
Ou seja, os ataques raivosos da oposição que, aos olhos da opinião pública, condenam o excesso de gastos, seria pura jogada de mídia para enfraquecer o que é benéfico para todos, mas da lavra petista.
Em outubro, por exemplo, foram R$ 2,3 bilhões para 14 milhões de família, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), dinheiro que, além de tudo, ajuda a atenuar a retração na economia em crise.
“O corte (de R$ 10 bilhões) deixaria 23 milhões de indivíduos sem o benefício, oito milhões deles abaixo da linha de pobreza”, lembrou Pimenta, ao reiterar que o BF é o principal e mais bem sucedido instrumento contra a pobreza absoluta que o país já viu.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias