Morreu, nesta quarta-feira (14), Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo. Ele estava internado no Hospital Santa Catarina desde o dia 28 de novembro com problemas pulmonares.
Arns foi chamado de cardeal da liberdade e dos trabalhadores por sua atuação progressista, sobretudo durante a ditadura militar. Mas Arns gostava de ser lembrado como o “amigo do povo”, pela sua forte atuação social junto à população. Na década de 1970, ele liderou as denúncias de torturas e a defesa dos direitos humanos, violados pelo Estado brasileiro no período. Em 1975, ele liderou o ato eucumênico pela morte do jornalista Vladimir Herzog nos porões do DOI-CODI.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou solidariedade ao arcebispo. Em sua página no Facebook, o ex-presidente lembrou que Dom Paulo Evaristo sempre teve lado: o dos mais pobres. Recordou da sua defesa dos direitos humanos, primeiro para os presos comuns e também durante os abusos da ditadura militar.
“Num momento tão difícil de nossa vida nacional, cabe recolher seu legado de dignidade e coerência como inspiração permanente. Cabe resgatar os ideais de esperança que Dom Paulo sempre apresentou como lema de uma vida inteira”, afirmou.
A presidenta eleita Dilma Rousseff também demonstrou pesar pela morde do arcebispo. “Dom Paulo será sempre lembrado como símbolo da luta pela democracia, por sua atuação contra a ditadura. O Brasil perde um defensor dos pobres, que passou a vida pregando igualdade de direitos e o fim da exclusão social”, afirmou.
Outras lideranças também prestaram sua solidariedade ao arcebisbo nas redes sociais:
Da Redação da Agência PT de Notícias