A Vigília Lula Livre recebeu nesta quinta-feira (10) a segunda de uma série de cinco mesas de debate cujo objetivo é criar um canal permanente de diálogo com as mais variadas frentes populares e lideranças de esquerda sobre o Plano Lula de Governo – apresentado dia 24 de abril, tem a candidatura de Lula como fundamental para que seja colocado em prática.
O tema do debate desta quinta foi “Redução das Desigualdades na Construção da Nação Brasileira”, com a presença de professores universitários que participaram da confecção técnica de um pré-projeto, representantes da juventude, movimento estudantil e movimentos sociais. O mediador da mesa foi Renato Simões, um dos coordenadores da construção do Plano de Governo Lula.
A vice-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) e representante do Levante Popular da Juventude, Jessy Daiane, destacou que o plano do governo Michel temer e daqueles que disputarão as eleições defendendo as mesmas ideias é de privatização da universidade pública.
“Isso representa um grande retrocesso. Durante os governos progressistas do PT, ouve avanços para democratizar o ensino superior, com as cotas, com a interiorização dos campi universitários, com o Prouni. É preciso ampliar essas políticas, e não retroceder nessas políticas”, pontuou Daiane.
Já Roberto Baggio, coordenador nacional do MST, destacou que é o patrimônio natural do Brasil, suas riquezas naturais, como são as terras férteis, devem ser colocadas à serviço do povo brasileiro, e não serem objeto de especulação e enriquecimento de poucos.
Ele defendeu que seja criada uma empresa nacional de abastecimento: “A reforma agrária que avançou nos governos Lula e Dilma deve ser ainda mais ampliada. Além disso, é preciso criar uma empresa nacional de abastecimento, que adquira a produção dos pequenos agricultores e a reverta para o abastecimento popular e internacional.”
A professora universitária e ex-ministra da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Fome Márcia Lopes, por sua vez, falou de maneira mais abrangente dos estudos realizados para a construção do pré-projeto na área de redução da desigualdade.
Ela citou a necessidade de uma reformulação profunda do Estado brasileiro, com comitês populares discutindo a execução do Orçamento e a implementação de um referendo revogatório de todas as medidas antipopulares postas a cabo pelo governo de Michel Temer.
“O Brasil foi criado por meio de um projeto da desigualdade que já tem cinco séculos. Sofremos o golpe que sofremos exatamente pela disposição de alterar esta lógica de produção que gera e perpetua a desigualdade social. Mas não nos intimidamos e estamos aqui novamente, dispostos a elaborar um novo projeto de país para reverter este golpe a enfrentar as forças conservadoras deste país”, concluiu a professora.
Por Vinícius Segalla, da Agência PT de Notícias, em Curitiba