Chefes de Estado e de governo das principais economias do mundo estão reunidos em Brisbane, Austrália, para o encontro do G20. A presidenta Dilma Rousseff debaterá com líderes como Barack Obama, Angela Merkel, Wladimir Putin e Xi Jimping medidas para aumentar o crescimento mundial, mais investimento em infraestrutura e a criação de emprego.
A agenda da presidenta durante o encontro ainda incluiu encontros com os representantes dos BRICS (grupo que reúne o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que ocorreu na sexta-feira (14), e reuniões bilaterais com os chefes de Estado.
Uma delas, com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu. A próxima presidência do grupo passará formalmente às mãos da Turquia em dezembro. A reunião de 2015 será realizado naquele país.
Dilma e Davutoglu debateram as relações comerciais e diplomáticas, além de temas relativos à crise econômica internacional.
Agenda – Com uma diferença de fusos horários de 12 horas, a reunião dos Brics começou por volta das 20h30 de sexta (8h30 de sábado, dia 14, na Austrália). Dilma discursou na primeira sessão plenária do G20, por volta das 15h do horário local (3h, horário de Brasília).
Ela mencionou as dificuldades da conjuntura internacional. “Infelizmente o quadro econômico mundial não avançou muito desde julho último. Chegamos ao final de 2014 vendo frustradas nossas expectativas iniciais de recuperação da economia mundial”, disse.
“Em meio às dificuldades da conjuntura internacional, foi fundamental que, em nosso último encontro, no Brasil, tivéssemos aprovado a criação de dois importantes instrumentos – o Banco de Desenvolvimento do Brics e o Acordo Contingente de Reservas -, para potencializar nossa atuação econômica e financeira”, acrescentou.
Reuniões de grupos e bilaterais à margem da programação oficial do evento costumam ser comuns na Cúpula do G20, desde o primeiro encontro, em 2008, nos Estados Unidos. A previsão mais atualizada é que Dilma encontre-se separadamente com os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da China, Xi, Jinping.
Metas – Com a meta de implementar medidas adicionais que acelerem a economia mundial, de modo a chegar em 2018 com incremento de 2 pontos percentuais no crescimento global, os líderes do G20 serão convidados a apresentar resultados do que já fizeram até o momento. Dentre as mais de 900 propostas feitas por todos os países, o Brasil deve apresentar os investimentos em parceria com o setor privado na melhoria de rodovias, ferrovias, aeroportos e portos.
Os países do G20 representam cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 60% da população do planeta. Além da infraestrutura, a regulação financeira e a troca automática de informações tributárias são temas que foram debatidos ao longo do ano em diversas reuniões entre representantes dos membros do G20, e que terão seu desfecho nesta cúpula. Um dos tópicos deve tratar da melhoria da capacidade dos grandes bancos de absorver perdas caso tenham problemas e fiquem à beira da falência.
A questão da eficiência energética e a participação de jovens e mulheres no mercado de trabalho também são assuntos que deverão ser discutidos. Os governantes desejam estipular, por exemplo, o compromisso de reduzir em 25%, até 2025, a diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho, incentivando assim uma maior participação feminina em atividades produtivas.
No domingo, às 10h, a presidenta vai ao Plenário do Parlamento de Queensland para a primeira rodada de conversas reservadas com chefes de Estado e de Governo do G20. Ao meio-dia, ela participa do almoço, junto com outros colegas, oferecido pelo primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, nos jardins do Parlamento.
A volta ao Brasil está prevista para domingo.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Blog do Planalto