O candidato petista ao governo do Rio de Janeiro, senador Lindberg Farias, planeja construir 100 novas escolas, adequadas ao mundo da livre circulação das informações, novas tecnologias e Internet.
O projeto é inspirado nos CIEPs (Centro Integrado de Ensino Público), construídos na época do então governador Leonel Brizola, entre os anos 80 e 90. “Quero fazer novos CIEPs mais tecnológicos que aqueles dos anos 1980. Temos que ter uma nova escola vibrante, que engaje a juventude”, diz.
Lindberg promete um plano de cargos e salários para os professores para reverter o quadro atual. Hoje, apenas 69,5% dos professores da educação básica do Rio de Janeiro têm ensino superior – proporção abaixo da média Brasil, que é de 74,9%. “A valorização do professor é fundamental”, diz.
Com o argumento de municipalização do ensino fundamental, o governo do Rio reduziu o gasto com educação de 15,1% do orçamento estadual em 2008 para 8,83% em 2013 (quase a metade do padrão anterior). Segundo Lindberg, esse nível de repasse coloca o estado como último do Brasil em termos de investimento em educação – a média nacional em 2013 é de 14,93%.
O Rio possui 1.354 escolas, distribuídas em 15 regiões – o que mostra outra redução (de 6,9%): em 2011 elas eram 1.447. O estado tem hoje 93 escolas a menos.“Infelizmente, muitos CIEPs estão abandonados, não funcionam no horário integral e não têm o conteúdo pedagógico que deveriam ter. Foi um crime ter largado essas escolas desse jeito, retomá-las é prioridade do meu governo”, considera.
Lindberg pretende fazer a intervenção educacional num contexto que também envolve a reestruturação de todo o projeto pedagógico, do currículo escolar aos métodos de ensino da escola – como fez no projeto “Bairro Escola” durante sua administração em Nova Iguaçu. “A comunidade, pais, professores e alunos, fizeram do espaço da escola um local para o desenvolvimento de atividades de lazer e cultura”, relata o candidato.
Por Márcio Morais, da Agencia PT de Notícias