O presidente Lula esteve nesta quinta-feira (4), em Belo Horizonte (MG), para uma reunião com comunicadores e ativistas do Aglomerado da Serra, uma das maiores comunidades de Minas Gerais.
O encontro abriu espaço para que moradores compartilhassem experiências, desafios e conquistas, valorizando a cultura, a solidariedade e a organização comunitária como pilares da vida nas periferias brasileiras.
Ao lado das lideranças, Lula ressaltou que a democracia vai além das eleições e defendeu a participação popular como parte essencial da governança.
“A democracia não é só o direito de votar. É o direito de votar, mas também o direito de dar palpite, de fazer sugestão, de apresentar reivindicação, de ajudar a governar. Muitas vezes, quem sabe fazer as coisas não é o governo, são vocês”, afirmou o presidente.
Dignidade como prioridade
O presidente também destacou que o respeito e a cidadania passam por condições básicas de vida. Para ele, garantir o mínimo necessário é o que assegura dignidade à população.
“Só tem uma razão para eu ter voltado a ser presidente: é fazer com que o povo mais pobre conquiste dignidade. O povo deve ser respeitado, dignamente, trabalhando, comendo. O povo tem que ter direito ao mínimo necessário”, enfatizou.
Ouça o podcast na Rádio PT:
Políticas sociais para a periferia
Lula citou o programa Periferia Viva como exemplo das políticas voltadas à melhoria da vida nas comunidades.
A iniciativa envolve urbanização de favelas e loteamentos, saneamento básico, contenção de encostas, iluminação pública, melhorias habitacionais e regularização fundiária.
Em julho, o Novo PAC anunciou investimentos de R$ 4,67 bilhões para 49 comunidades de 32 municípios em 12 estados.
Leia mais: Orçamento do povo: PPA prioriza Novo PAC para fazer o Brasil crescer
Vozes do Aglomerado
No encontro, representantes locais destacaram a importância da cultura e o enfrentamento de desafios cotidianos.
O comunicador Kdu dos Anjos ressaltou que a cultura é alimento essencial e recordou a dificuldade de acesso ao gás durante a pandemia.
“A cultura é alimento farto, crítico e político. A gente precisa ter cultura no prato todo dia. Na pandemia, a gente distribuiu mais de 2 mil marmitas por dia e tinha muitas pessoas que pegavam a marmita não porque não tinham comida em casa, mas porque não tinham gás para cozinhar”, afirmou.
Cristiane Pereira, conhecida como Kika, líder comunitária, reforçou o apelo por mais apoio governamental.
“A gente lida aqui com as pessoas mais necessitadas todo dia, todo tempo, então são várias as necessidades. O presidente visita várias favelas e não tem nada diferente aqui, a nossa situação é a mesma, a gente precisa de investimento”, destacou.
Ouça o boletim da Rádio PT
Gás do Povo
Durante a visita, Lula também anunciou o lançamento do Programa Gás do Povo, que vai garantir botijões de gás gratuitos para famílias de baixa renda.
A iniciativa atenderá cerca de 15,5 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda de até meio salário mínimo (R$ 759) por pessoa, com prioridade para os beneficiários do Bolsa Família.
Da Redação, com informações da Secom