A presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será ainda mais ostensiva na reta final da corrida eleitoral. Lula irá percorrer os estados onde há disputa de segundo turno de candidatos do PT e partidos aliados. A ideia é engrossar o discurso contra o retrocesso representado pela candidatura do PSDB, com comparações constantes entre os governos tucanos e petistas.
Principal cabo eleitoral da presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, Lula terá uma agenda extensa para os próximos 14 dias que antecedem à votação, em 26 de outubro. Acre, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul vão receber a comitiva do ex-presidente. Os demais estados serão definidos, caso a caso, pelas lideranças locais de cada coligação.
O discurso do ex-presidente continuará a ser um reforço importante nos palanques de Dilma, principalmente onde há resistência recente ao PT, vitorioso em estados historicamente redutos dos tucanos. São Paulo, maior colégio eleitoral do País, terá uma importância estratégica, com maior presença de Lula.
Na última quinta-feira (9), o ex-presidente Lula deu início à maratona de mobilizações da militância em ato realizado na capital paulista, com a presença dos prefeitos eleitos pelo PT e partidos que formam a coligação. Ele voltou a comparar os governos tucanos com os últimos 12 anos do PT no poder. “Esta não é uma campanha entre Dilma e Aécio. É uma campanha entre duas propostas de país, de duas propostas de sociedade para o futuro”, declarou, durante plenária em São Paulo.
O centro do discurso do ex-presidente continua a ser o desdobramento do projeto de governo do PT. Mas Lula já mostrou que não ficará apenas na defesa: também partirá para o embate direto. No encontro com prefeitos, o ex-presidente citou o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e o chamou para o centro do debate eleitoral.
Em resposta às recentes declarações de FHC, que justificava o voto no PT aos eleitores menos instruídos, Lula classificou as falas do ex-presidente tucano de “lamentáveis”. Segundo ele, esse discurso faz parte de uma “cultura de soberba”. “Nós temos que mostrar, alto e bom som, o que aconteceu no tempo deles e antes deles”, declarou.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias