A presidenta Dilma Rousseff esclareceu, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (15), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, novo ministro da Casa Civil, terá os “poderes necessários” para ajudar o Brasil. “Tudo que ele puder fazer para ajudar o Brasil será feito”, garantiu, ao dizer que Lula fortalecerá o governo.
“A vinda do presidente Lula para o ministério é algo bastante importante e relevante por dois motivos. Primeiro, pela inequívoca experiência política. O segundo motivo é o conhecimento do presidente Lula sobre o País, sobre as necessidades do País, o compromisso com políticas estratégicas, que é necessário ter para que a gente ter um desenvolvimento mais continental”, disse.
“Minha relação com o Lula não é uma relação de poderes ou superpoderes. É uma sólida relação de quem constrói um projeto junto”, disse.
Dilma ainda desmentiu especulações que “criam turbulência” na economia brasileira e garantiu que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, continuam no governo.
“Nem o ministro Nelson Barbosa nem Tombini estão saindo do governo. Estão mais dentro do que fora”, explicou.
A presidenta voltou a afirmar o compromisso do governo federal com a estabilidade fiscal. “Que história é esse que ele (Lula) não tem compromisso com a estabilidade fiscal, com o controle da inflação? Isso é inadmissível”, criticou Dilma, mais uma vez, sobre as especulações.
Sobre a decisão do ex-presidente em relação ao cargo, Dilma explicou que Lula tinha dúvidas por conta do confronto que a oposição poderia fazer. Ela também rebateu as acusações de que Lula assumiria o cargo para obter foro privilegiado. “Uma afirmação dessa tem sobretudo uma suspeita do STF. O STF é a suprema corte do País. Não significa que ele não é investigado. Significa por quem é investigado”, explicou.
“Por trás dessa afirmação estaria uma desconfiança da Suprema Corte do País, é isso que a oposição quer fazer?”, questionou a presidenta.
Além disso, a presidenta disse que “os critérios de investigação” em relação a Lula são “extremamente estranhos”. “Hoje, os critérios de investigação são extremamente estranhos em relação ao presidente Lula. Ele nega que tem triplex e sítio. Deu explicações suficientes. Acho estranho que ele seja levado coercitivamente ou que seja pedida a preventiva dele”, falou a presidenta.
“Eu acho que o presidente Lula não é uma pessoa que pode ter sua biografia destruída dessa forma. Tenho confianca na trajetória dele, na biografia dele e no compromisso dele com todas as práticas corretas e idôneas”, completou Dilma.
Da Redação da Agência PT de Notícias