Lula é o candidato do PT à Presidência da República e tem direito a participar dos debates eleitorais. Essa foi a mensagem da presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffman, ao sair de uma visita ao ex-presidente nessa sexta-feira (10), juntamente com Fernando Haddad.
“É importante deixar claro aqui para todos vocês, porque antes tínhamos especulações sobre a candidatura de Lula e essas especulações continuam na imprensa. A gente quer reafirmar: Lula é candidato a presidente. Fernando Haddad é candidato a vice presidente”, disse em entrevista coletiva ao lado do ex-prefeito de São Paulo.
Gleisi reafirmou que o PT vai registrar a chapa Lula-Haddad no dia 15 de agosto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. “Lula vai estar na urna dia 7 outubro. Essa é a estratégia política do PT. Agora, durante a campanha, nosso candidato a vice-presidente é o porta voz do presidente, é a sua voz com sociedade, vai andar o Brasil, vai fazer os debates, participar das sabatinas”, explicou.
Haddad é a voz de Lula e do programa de governo do PT durante a campanha eleitoral, disse Gleisi na entrevista coletiva. “Ele é a voz do nosso projeto para o povo brasileiro, um projeto que tem lado, que é o lado dos pobres, dos que mais precisam”, afirmou. “Queremos resgatar o Brasil governado por Lula. Esse é o propósito. Esse é o compromisso. O PT voltará a governar o Brasil”, acrescentou.
Gleisi prometeu luta para levar Lula aos debates entre candidatos a presidente. “Vamos tomar todas as medidas para ele participar e, quando não for possível, termos a presença do Haddad. Não podemos ficar fora dos debates, em respeito ao povo brasileiro. No debate de ontem (na TV Bandeirantes) faltou a maior parte do Brasil representada”, disse.
Barrar a participação de Lula nos debates presidenciais é uma violência contra ele, contra o PT e contra a população brasileira, ressaltou Gleisi. “Lula não está com seus direitos políticos suspensos. Ele tem os direitos políticos em vigor”, lembrou.
Haddad afirmou que o PT nunca teve dúvida sobre a estratégia para 2018. “Nós não vamos abrir mão de Lula, pois o povo não abriu mão dele. Conheço Lula há quase cinco décadas e sabemos que ele é a figura mais extraordinária para tirar o País da crise em que colocaram”, disse.
Admitir o direito de Lula disputar as eleições é reconhecer a soberania popular, defendeu Haddad. “Sabemos que houve um golpe de Estado em 2016 e que existe suporte político a esse golpe por partidos que têm candidato a presidente. O Lula é o oposto disso tudo. É a volta do desenvolvimento com inclusão social. Ele lidera todas as pesquisas. É disso que estamos falando: respeitar a democracia e a soberania popular”, afirmou.
Por Luis Lomba, de Curitiba para a Agência PT de notícias