Em abril de 2005 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a Ilha de Gorée, na costa do Senegal, local de onde africanos escravizados eram transportados para a América. Em um momento histórico, ele foi o primeiro presidente do Brasil a pedir “perdão pelo que fizemos aos negros”.
Ao passar pelos lugares onde pessoas eram pesadas, presas e mortas ou embarcadas nos navios negreiros para a América, Lula não conseguiu conter a emoção e disse que “só estando neste local é que se sente a dimensão e dá para saber o que essas pessoas sentiam nesses últimos trezentos anos”.
Esse foi um dos muitos gestos que destacaram o governo de Lula e do PT dos outros governos brasileiros em relação ao povo negro e à Africa.
Juntos, Lula e Dilma abriram metade das 39 embaixadas na África (que tem 54 países) e firmaram mais de 600 projetos de transferência de conhecimento e tecnologia em 43 nações africanas. Em 2002, eram 21 ações em seis países.
De 2003 a 2012, o comércio exterior com a África saltou de US$ 6 bilhões para US$ 26,5 bilhões, segundo dados do Instituto Lula. A participação do continente na balança comercial, apesar de tímida, saiu da estagnação e passou de 5,1%, em 2003, para 5,7%, em 2012.
Na Era Lula, pelo menos 500 empresas nacionais se instalaram em países africanos. O Banco do Brasil e o BNDES destinaram mais de US$ 4 bilhões em créditos de exportação. Também foi Lula que criou a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que busca integrar alunos de países onde se fala português e que hoje conta com aproximadamente 50% de africanos no corpo discente.
Mesmo depois de deixar o governo, o ex-presidente seguiu sua relação de parceria e cooperação com os países africanos por meio de ações saídas de agendas do Instituto Lula. Um trabalho sem precedentes no Brasil, agora interrompido pela prisão política, sem crime nem provas, do mais popular líder político que o Brasil já teve.
Da redação da Agência PT de notícias