“O Brasil nunca precisou tanto do PT como precisa agora”, afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em plenária dos Setoriais Nacionais neste sábado (21). O evento, que aconteceu na Quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo, reuniu 1,5 mil delegadas e delegados do partido que estão reunidos neste final de semana e elegerão 14 novas secretárias ou secretários setoriais nacionais — que integram a Comissão Executiva Nacional.
Em seu discurso, o ex-presidente Lula afirmou que aqueles que tentaram destruir o Partido dos Trabalhadores estão vendo agora que o PT “é o único que realmente funciona como um partido nesse país” e “é o mais bem organizado”. E completou: “O PT é indestrutível”.
Sobre o evento, Lula afirmou que os militantes presentes estavam fazendo algo além de um evento do PT, de um encontro setorial: “estamos é recuperando o orgulho de ser petista”.
A presidenta nacional do partido, Gleisi Hoffmann, exaltou o encontrou como uma clara demonstração de “força e vitalidade” do partido.
A presidenta e também senadora paranaense fez questão de parabenizar enumerar um a um os 14 setoriais que estão reunidos na capital paulista e que irão escolher neste domingo (22) seus secretários: LGBT, Combate ao Racismo, Meio Ambiente, Cultura, Sindical, Agrário, Ciência e Tecnologia, Comunitário, Direitos Humanos, Economia Solidária, Educação, Esporte e lazer, Pessoas Com Deficiência, Saúde.
Gleisi ressalta que o encontro renova a energia de luta: “Temos uma responsabilidade muito grande, o povo brasileiro está depositando sua esperança no PT, temos mais de 22% da preferência popular”.
O Secretário Nacional de Movimentos Populares do PT, Ivan Alex, comemorou o sucesso do final de semana de encontros em São Paulo e divulgou ma plenária na Quadra dos Bancários que este foi o maior encontro setorial da história do PT: “Foi um Encontro Setorial formado por homens e mulheres que são a espinha dorsal da luta social desse país”.
Já a Secretária de Organização do PT, Gleide Andrade, sublinhou a sensação de dever cumprido e reforçou a importância dos encontros setoriais como um momento de diálogo com a sociedade civil e os movimentos populares. “É através desse diálogo que ouvimos as vozes do povo e sabemos os diagnósticos e perspectivas que queremos apresentar em nossa empreitada ano que vem”.
Segundo o deputado Carlos Zarattini, líder da bancada do PT na Câmara, o partido está se reorganizando, com as eleições dos diretórios estaduais e agora com os setoriais, e com isso se preparando para enfrentar uma grande batalha. “O PT é a maior organização popular do Brasil e da América Latina. É esse partido que vai ter a capacidade de resistir a esse golpe, restaurar a democracia e impedir novos avanços do golpistas.
O presidente do PT-SP, Luiz Marinho, por sua vez, lembrou que os setoriais vêm consolidando um processo importante para a transformação do partido para “enfrentarmos com altivez e derrotar o golpe de uma vez por todas”.
Taís Santos, da União Nacional dos Estudantes – UNE, uma das várias representantes de movimentos presentes ao evento, ressaltou a importância de uma reorganização do partido, “para que fortalecido, possamos enfrentar o golpe”.
Já João Paulo Rodrigues, representante do MST, pediu para que todos saíssem do ato com uma tarefa: “Com a cabeça erguida, vamos defender o ex-presidente Lula”.
Mais do discurso de Lula
Durante o evento o ex-presidente citou a nova campanha de filiação do partido, que em menos de 30 dias já atraiu mais de 5 mil novos filiados. “O Partido dos Trabalhadores, mesmo sendo constantemente atacado pela mídia, teve coragem de fazer esta campanha, o que outros partidos não têm”. Lula ainda reforçou que a obrigação de trazer novos filiados ao partido não é das secretarias, “mas sim de cada militante”.
Sobre a crise em que o país se vê mergulhado, Lula afirmou que a única forma de restaurar a democracia e retomar o crescimento é ter eleições diretas para a presidência. E emendou: “se tem alguém nesse país que tem autoridade moral pra dizer que sabe fazer a economia crescer é o Partido dos Trabalhadores”.
Ainda sobre 2018, o presidente de honra dos Partido dos Trabalhadores foi taxativo: “Se eles quiserem evitar que eu seja candidato vai ter muita briga. Minha vontade de brigar é de um menino de 20 anos e eles vão ter que me derrotar numa disputa democrática”.
Da Redação da Agência PT de Notícias