O presidente Lula e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, lançaram, nesta terça-feira (24), no Palácio do Planalto, o “Projeto Sertão Vivo, Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste”. Com investimentos de R$ 1,75 bilhão, a iniciativa busca apoiar, nos nove estados da região Nordeste, pequenos agricultores em práticas sustentáveis que aumentem a resiliência dos sistemas de produção frente às mudanças climáticas.
Ao todo, os recursos do projeto vão beneficiar 430 mil famílias do semiárido nordestino, incluindo agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais, como povos indígenas, fundo de pasto e quilombolas.
Participaram também da solenidade o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; os governadores dos estados do Nordeste, entre outros.
Conforme o projeto, os agricultores familiares beneficiados deverão adotar princípios e práticas que proporcionem acesso à água, aumentem a produtividade e a segurança alimentar das famílias beneficiadas, ampliem a resiliência dos sistemas de produção agrícola, restaurem ecossistemas degradados e promovam a redução das emissões de gases do efeito estufa. O projeto é acompanhado pelo Consórcio Nordeste.
Durante a solenidade, foi assinado o Contrato de Financiamento entre o BNDES e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da Organização das Nações Unidas (ONU), representado, na ocasião, pelo seu diretor no Brasil, Claus Reiner.
Contribuição para o mundo
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o projeto é “estratégico para o Brasil” e pode contribuir para o enfrentamento às mudanças climáticas em outros países.
“Quando a gente fala, esse ano, que a temperatura média está aumentando 1,2 grau centígrado – é o que está contratado -, em algumas regiões está aumentando 5, 6, 7% a mais. A média é 1,2”, afirmou Mercadante.
“Então o que nós estamos olhando para essa experiência? Como é que o planeta vai se defender do aquecimento global em áreas que podem viver o cenário que o Nordeste conhece, com tecnologia social, com toda a experiência de acúmulo de água, de reuso, de fortalecer essas experiências, de utilizar bem a água, de procurar a água, de reuso da água? Quais são as variedades que a gente tem que produzir para produzir uma alimentação saudável?”, acrescentou o presidente do BNDES.
Segundo ele, a iniciativa “não é só um projeto social, é também um imenso campo de pesquisa para o projeto portador de futuro, não só para o Brasil, mas que a FAO [Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura] vai se inspirar para levar para outras regiões, por exemplo, da África”.
Da Redação, com site do Planalto