O último levantamento da pesquisa Ibope trouxe à tona a enorme preocupação dos brasileiros em relação à área da Saúde. O tema aparece como o problema mais citado pelos eleitores de 25 estados e do Distrito Federal.
Diante de quadro de tamanho descrédito do povo brasileiro, o Plano de Governo do PT reafirma o compromisso para “assegurar a universalização do direito à saúde, fortalecendo a regionalização e a humanização como objetivos permanentes a serem alcançados”.
Para isto, é sabido que todos os caminhos e propostas devem passar necessariamente pelo SUS. O modelo brasileiro, instituído pela Constituição de 1988 e referência na oferta de saúde universal, passou por profundas transformações ao longo de suas três décadas de existência. Seus anos de ouro, no entanto, ocorreram justamente dentro dos governos do PT, quando ocorreu um importante aumento nos investimentos públicos no setor.
Agora, diante dos constantes retrocessos impostos pelo governo golpista como o congelamento dos gastos públicos, será preciso impor um “aumento imediato e progressivo do financiamento da saúde, a valorização dos trabalhadores da área; investimento no complexo econômico-industrial ligado ao setor, articulação federativa entre municípios, Estados e União e diálogo permanente com a sociedade civil sobre o direito à saúde”, conforme indica o Plano de Governo.
Muito Mais Médicos
Tema de intenso debate e alvo de críticas infundadas (com forte demonstrações de xenofobia), o Programa Mais Médicos é comprovadamente uma das maiores revoluções já iniciadas na saúde da história do Brasil. Em 2016, três anos após ser implementado por Dilma Rousseff mesmo com a resistência da categoria, o programa chamou a atenção do mundo após ser elogiado e reconhecido pela ONU.
O Programa, criado com o objetivo de suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades e que já atendeu mais de 60 milhões de brasileiros, também foi um dos alvos do governo ilegítimo de Michel Temer assim que se concretizou o golpe. Para se ter ideia, somente de 2016 para cá o número de profissionais que trabalham no programa baixou de 18 mil para menos de 16 mil. O número de cidades atendidas também tem caído sistematicamente.
Diante de cenário que exige cautela e preocupação, o Plano de Governo pretende fazer com que o programa norteie “novas ações de ordenação da formação e especialização dos profissionais de saúde, considerado o interesse social e a organização e funcionamento do SUS, bem como a construção de carreiras abrangentes e flexíveis para atender as necessidades de toda população”.
Além de retomar e ampliar o Mais Médicos, o governo petista também ampliará outros “programas de amplo reconhecimento popular e de especialistas, como o SAMU, o Farmácia Popular, Brasil Sorridente, a Rede de Atenção Psicossocial (com os CAPS III e Residências Terapêuticas) e a Rede de Atenção às Pessoas com Deficiência, entre outros, que estão sendo prejudicados e descontinuados pelo governo golpista”.
Clínicas de Especialidades Médicas
Uma das novidades que aparecem no Plano de Governo são as Clínicas de Especialidades Médicas. A proposta é criar polos regionais de saúde, integrados com a atenção básica, para garantir acesso a cuidados especializados por equipes multiprofissionais. Com isso, será possível superar a demanda reprimida de consultas, exames e cirurgias de média complexidade. Os polos também terão unidades de saúde fixas e unidades móveis e apoio aos pacientes em tratamento fora de domicílio.
Cada polo contará com médicos especialistas (tais como ortopedistas, cardiologistas, ginecologistas, oncologista, oftalmologista, endocrinologista) e profissionais das mais diversas áreas. Além disso, o governo federal organizará e intensificará os mutirões de exames e cirurgias.
Prontuário Eletrônico
Outro destaque previsto no programa de governo é a implantação do prontuário eletrônico de forma universal e no aperfeiçoamento da governança da saúde. “Estimulará ainda a inovação na saúde, ampliando a aplicação da internet e de aplicativos na promoção, prevenção, diagnóstico e educação em saúde. São essas ações articuladas e integradas que garantirão acesso a saúde e qualidade de vida”. informa o documento.
Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias