O ex-presidente Lula, em que pese as circunstâncias desfavoráveis impostas pela farsa judicial que o levou ao cárcere político, tem acompanhado em tempo real os graves desdobramentos políticos do país. E não há nada que o deixe mais consternado do que as constantes ameaças à liberdade do povo brasileiro vindas de quem hoje está no poder.
Nesta quinta-feira (31) não foi diferente. Em conversa com os assessores José Chrispiniano e Ricardo Amaral, o ex-presidente viu como gravíssimas as declarações autoritárias de Eduardo Bolsonaro ao sugerir a volta do AI-5 para conter possíveis manifestações da população – não custa lembrar que O Ato Institucional nº 5, AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, foi o mair duro golpe da ditadura militar brasileira (1964-1985) contra a democracia, pois dava poderes ilimitados ao presidente e proibia, entre outras coisas, greves e manifestações.
“Lula pediu para mandar o seguinte recado: O Brasil precisa é de mais democracia e não de menos. O presidente da República e os seus filhos precisam respeitar o povo brasileiro, respeitar a opinião de todos. O presidente não tem de concordar com que os outros falam”, declarou Lula, em recado transmitido por Amaral.
O ex-presidente ainda sugeriu que o atual governo “precisa respeitar o direito democrático de todos para que possamos democraticamente construir um país melhor”.
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Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias