O presidente Lula, membros do governo federal e lideranças do Partido dos Trabalhadores manifestaram, nesta quarta-feira (5), revolta e indignação diante do ataque a uma creche de Blumenau (SC), onde quatro crianças entre 4 e 7 anos foram assassinadas.
O atentado foi praticado por um homem de 25 anos, que invadiu a creche particular Cantinho Bom Pastor armado de uma machadinha. Outras cinco crianças foram feridas, e o criminoso foi preso, segundo apuração do site G1.
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“Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor”, afirmou Lula pelo Twitter.
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“Para qualquer ser humano que tenha o sentimento cristão, uma tragédia como essa é inaceitável, um comportamento, um ato absurdo de ódio e covardia como esse”, completou o presidente, que também se manifestou durante o lançamento de medidas para ampliar o saneamento básico no país (assista abaixo).
Assim como Lula, outras lideranças (veja aqui o que disseram senadores do PT) destacaram a clara manifestação de ódio por parte do autor do ataque. Para a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), é urgente um plano para proteger os estudantes e os profissionais da educação no país.
“Muita dor, mais um atentado em creche no Vale Itajaí em Santa Catarina e quatro crianças foram assassinadas. Urgente fazermos um plano pra conter o ódio e a violência nas escolas. Governo precisa comandar isso. Uma tristeza só”, escreveu Gleisi.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também se manifestou: “O Brasil e o mundo precisam encarar com urgência e seriedade a questão da cultura do ódio e suas consequências na vida das pessoas. Basta de violência. Precisamos de mais família e paz para todos”.
Resposta imediata
Pouco tempo depois de saber da tragédia, o governo Lula articulou uma resposta. O presidente convocou ministros para implementar medidas de apoio aos estados, municípios, escolas privadas e suas comunidades.
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Além disso, o Ministério da Educação deve criar um grupo de trabalho que vai elaborar uma política nacional de combate à violência nas escolas. E o ministro Camilo Santana entrou em contato com o governo de Santa Catarina para acompanhar de perto o caso.
“Recebemos chocados a informação do ataque a uma creche em Santa Catarina, vitimando crianças indefesas e provocando uma dor imensurável às famílias e angústia à população. Minha solidariedade a todos diante dessa tragédia, que comove o país”, disse o ministro da Educação.
Ataques cresceram após eleição de Bolsonaro
Levantamento do G1 apontou que, desde 2011, houve 13 ataques a escolas e creches no Brasil. Porém, 11 deles ocorreram depois de 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro.
Para o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, o deputado federal licenciado Paulo Teixeira (PT-SP), o que aconteceu nos últimos quatro anos foi um estímulo à cultura de ódio que favorece atrocidades como a vista em Blumenau.
“Cultura de ódio de Bolsonaro provoca mais 4 vítimas em uma creche em Blumenau”, analisou Teixeira, no Twitter. A avaliação do ministro ganha força diante das notícias de que o autor do atentado é um apoiador do ex-presidente, a exemplo dos homens que fizeram uma chacina em Sinop (MT), durante o carnaval.
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Da Redação