O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, nesta sexta-feira (1), um discurso enfático em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra a proposta de terceirização que tramita no Congresso Nacional, durante ato em comemoração ao Dia do Trabalhador, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
Ele lembrou as realizações feitas ao longo de 13 anos do PT no governo federal, criticou os ataques ao partido, ao governo da presidenta Dilma Rousseff e os que ele está sofrendo, oriundos de setores conservadores e golpistas da sociedade, inconformados com o resultado das urnas.
“Vou desafiar aqueles que não se conformam com a democracia”, afirmou ao público de aproximadamente 50 mil pessoas, segundo os organizadores.
Durante sua fala, Lula respondeu diretamente às insinuações feitas por nichos da imprensa que querem relacionar seu nome a supostas ilegalidades. “Vejo nas revistas brasileiras, que são um lixo, as insinuações. Eles querem pegar o Lula, mas me chama para a briga que eu gosto”, afirmou .
“Quero dizer aqui, na frente das crianças: pega 10 jornalistas da Veja, da Época, e enfia um dentro do outro que não dá nem 10% da minha honestidade”, afirmou.
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O ex-presidente reafirmou seu desafio aos críticos que ainda não se conformaram com a reeleição de Dilma que reassumirá a agenda de viagens pelo País para dialogar com a população e explicar as grandes realizações feitas nos últimos 13 anos.
“Aos meus detratores: eu vou andar este País outra vez, e vou conversar com os desempregados, os camponeses, os empresários”, afirmou.
No ato, as centrais sindicais e movimentos que estiveram presentes já deliberaram a realização de um dia de lutas contra o PL 4330, que visa a terceirização total no mercado de trabalho e o sepultamento dos direitos trabalhistas.
No dia 29 de maio, uma marcha seguirá para Brasília para fazer pressionar os senadores durante a apreciação da proposta na Casa.
Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, o ato teve o objetivo de formar uma frente unificada de movimentos de esquerda para enfrentar a ofensiva conservadora no Congresso Nacional.
“Vamos reunir os movimentos de mulheres, negros, pela educação, pela causa LGBT, diversos movimentos sociais, e montar uma frente unificada em defesa do Brasil, contra a direita conservadora”, disse o presidente da central.
“Diremos não à intolerância no Brasil, e não deixaremos que mexam nos nossos direitos. Como disse o ex-presidente Lula, que não ousem mexer nos direitos da classe trabalhadora”, afirmou.
Da Redação da Agência PT de Notícias