Para as eleições legislativas de 2024, o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras conta com 10.756 candidaturas de mulheres. Desse total, para a disputa de prefeitas, são 262 nomes. O partido tem representação em praticamente todos os estados, exceto Acre, Amapá e Roraima. Minas Gerais é uma região que conta com mais mulheres petistas em disputa, como as candidatas Margarida Salomão e Marília Campos, que tentam a reeleição em Juiz de Fora e Contagem, respectivamente, e Dandata Tonantzin, que busca a vitória para a prefeitura de Uberlândia. Ainda na disputa para prefeituras, Bahia, apresenta 32 companheiras, Piauí, 29, São Paulo conta com 27, e Santa Catarina com 19, são os estados que concentram a maior quantidade de nomes.
Para vice-prefeitas são 349 mulheres do PT que completaram a chapa com outros companheiros. Novamente Minas Gerais segue na liderança com 55 vices petistas, seguido por Rio Grande do Sul com 34, e São Paulo com 29.
Já para as disputas das vereanças nos territórios, 10.145 mulheres do PT colocaram os nomes à disposição para ocupar a política nas câmaras municipais. Desse total, 1.519 encontram-se em Minas Gerais, 1.181 em São Paulo, 949 na Bahia, e 939 no Rio Grande do Sul.
Para a secretária nacional de mulheres do PT e candidata a vereadora em Manaus, Anne Moura, o número alto de mulheres que o partido conta para disputar as eleições é reflexo do apoio da legenda às mulheres e também evidência do sucesso do projeto de formação política Elas por Elas:
“A gente fica muito feliz em ver que temos mais de onze mil companheiras que assumiram o desafio de entrar e enfrentar uma disputa política, seja no interior ou nas capitais. Isso reflete que nosso partido tem o compromisso com uma ocupação feminina na política. Está no DNA do PT. Estamos entrando na reta final da campanha, onde todo o foco deve estar direcionado na conquista de votos e nas declarações que estão em dúvida. o PT foi a sigla que mais elegeu mulheres, mulheres negras e jovens, com um aumento de 25% de representatividade feminina em relação a 2016.”
Confira abaixo o quantitativo de candidaturas femininas do PT por estado e carga:
– Acre: 34 vereadoras e 2 vice-prefeitas;
– Alagoas: 1 prefeita, 93 vereadoras e 2 vices;
– Amazonas: 3 prefeitas, 13 vereadoras e 1 vice;
– Amapá: 32 vereadoras e 3 vices;\
– Bahia: 32 prefeitas, 157 vereadoras e 28 vices;
– Ceará: 16 prefeitas, 554 vereadoras e 21 vices;
– Espírito Santo: 2 prefeitas, 127 vereadoras e 4 vices;
– Goiânia: 8 prefeitas, 324 vereadoras e 7 vices;
– Maranhão: 5 prefeitas, 279 vereadoras e11 vices;
– Minas Gerais:38 prefeitas, 1.519 vereadoras e 55 vices;
– Mato Grosso do Sul: 4 prefeitas, 218 vereadoras e 6 vices;
– Mato Grosso: 7 prefeitas, 203 vereadoras e 8 vices;-
– Pará: 5 prefeitas, 443 vereadoras e 13 vices;
– Paraíba: 4 prefeitas, 176 vereadoras e 6 vices;
– Pernambuco: 2 prefeitas, 324 vereadoras e 13 vices;
– Piauí: 29 prefeitas, 580 vereadoras e 28 vices;
– Paraná: 23 prefeitas, 721 vereadoras e 27 vices;
– Rio de Janeiro: 5 prefeitas, 226 vereadoras e 6 vices;
– Rio Grande do Norte: 4 prefeitas, 189 vereadoras e 6 vices;
– Rondônia: 6 prefeitas, 85 vereadoras e 3 vices;
– Roraima: 6 vereadoras e 1 vice;
– Rio Grande do Sul: 15 prefeitas, 939 vereadoras e 43 vices;
– Santa Catarina: 19 prefeitas, 551 vereadoras e 27 vices;
– Sergipe: 6 prefeitas, 134 vereadoras e 7 vices
– São Paulo: 27 prefeitas, 1.181 vereadoras e 29 vices;
– Tocantins: 1 prefeita, 116 vereadoras e 3 vices.
Hora de eleger mais vereadoras
As eleições do mês que vem podem representar uma mudança significativa no rosto de quem cria as leis e fiscaliza as prefeituras nos territórios. Além disso, eles abordam diretamente para que o Brasil alcance o quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que aborda a questão de gênero e é desmembrado em alguns propósitos como a busca por “garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública.”
Quando se observa o cenário das vereanças, a presença das mulheres ainda é inexpressiva. No pleito municipal realizado em 2020, para as câmaras municipais foram nove mil vereadoras eleitas representando 16% do total, frente aos 47,3 mil homens eleitos, um total de 84%.
De acordo com a Agência Câmara , apesar do ligeiro aumento no número de vereadoras entre 2016 e 2020, a representatividade feminina nas câmaras de vereadores brasileiras segue bem abaixo da proporção de mulheres não eleitas.
Atualmente, mais de 82 milhões de mulheres estão aptas a votar, o que corresponde a 53% do eleitorado nacional, aponta o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Portanto, como os brasileiros têm o poder de decidir os rumores de uma eleição, foi isso que eles fizeram ao ser o maior público que elegeu o presidente Lula.
Dados divulgados pelo órgão revelam que apenas 45 cidades, entre as 5.568 que realizaram eleições legislativas em 2020, têm maioria de mulheres na composição das câmaras de vereadores, valor que não chega a 1% do total dos municípios. Em contrapartida, mais de 900 cidades do país não elegeram nenhuma vereadora nas eleições de 2020. Já em outras mais de 1,8 mil cidades, apenas uma mulher foi eleita.
Da Redação do Elas por Elas, com informações da Agência Câmara