Milhares de trabalhadores saíram às ruas na quarta-feira (15) em mais de 50 cidades e em pelo menos 23 estados, além do Distrito Federal, contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização. Somadas as estimativas dos organizadores dos atos nas regiões, mais de 75 mil pessoas participaram das mobilizações.
As manifestações foram registradas no Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande de Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Para o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), as mobilizações foram decisivas para o adiamento da votação dos destaques ao Projeto de Lei 4330, que dispõe, entre outros pontos, sobre a terceirização da atividade fim de empresas. Para o deputado, o Plenário não quer votar às “escuras” uma matéria de tamanha complexidade.
“Fruto dos movimentos nas ruas, o requerimento de adiamento foi acolhido pela Câmara”, destaca Guimarães.
Segundo Guimarães, além da pressão das ruas, o adiamento foi fruto do acolhimento de uma proposta apresentada pelo PT para que a discussão sobre o PL 4330 seja feita entre os empresários, o governo, as centrais sindicais e o Congresso Nacional.
“É uma matéria que afeta milhões de trabalhadores e a economia nacional. Não pode ser votada às pressas”, lembra Guimarães.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) defende que a voz das ruas se fez sentir no Plenário. Segundo ela, o trabalhador mostrou que tem força em torno de uma causa.
Em postagem no Facebook, Freitas parabenizou os militantes pela mobilização. “Parabéns a todos que foram às ruas de todo o Brasil e aos que trabalharam arduamente para o sucesso dos nossos atos em todas as capitais, no DF e nas cidades do interior do País. Não dá para esquecer que nós fizemos tudo isso que o Brasil viu hoje em apenas uma semana”, disse.
“A militância nas ruas, explicando para o povo que o 4330 é o projeto da escravidão, dizendo quem são os deputados a favor do desmonte da CLT, sensibiliza, principalmente quem quer se reeleger nas próximas eleições”, escreveu Freitas.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias