Desde sua criação, em setembro de 2013, o programa Mais Médicos ampliou o acesso da população a medicamentos. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde divulgado nesta terça-feira (14), as receitas prescritas pelos profissionais do programa representaram, em junho, 11% dos medicamentos comprados do programa Farmácia Popular. A iniciativa do governo federal oferece desconto de 90% ou gratuidade em 113 itens.
Ainda de acordo com o levantamento, entre setembro de 2013 e junho deste ano, 2,7 milhões dos 24 milhões de pessoas atendidas no Farmácia Popular tinham prescrições dos médicos do Mais Médicos e 36,8% deles receberam medicamentos pela primeira vez.
Na avaliação do ministério, esses pacientes não tinham acesso a atendimento médico ou não sabiam que poderiam receber medicamentos com baixo ou nenhum custo. Nas regiões Norte e Nordeste, onde havia a maior carência na área de saúde, o número de receitas dos Mais Médicos representa 18,6% e 17%, respectivamente.
Entre os medicamentos mais procurados, estão os que combatem a hipertensão, colesterol, diabetes e os anticoncepcionais. Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, os dados apontam que as unidades básicas de saúde conseguem resolver 80% das necessidades da população, como preconiza o Mais Médicos, criado para diminuir a ida aos hospitais.
“Com dois anos, vai ficando cada vez mais claro que faltavam médicos, que a sociedade precisava desses médicos, que a estratégia foi correta”, afirmou o ministro ao jornal “Valor Econômico”.
Segundo Chioro, todas as vagas abertas na última chamada foram preenchidas por médicos brasileiros.
Ao todo, 18,240 médicos atendem em 4,058 municípios pelo Mais Médicos, beneficiando 63 milhões de brasileiros. O programa vai oferecer 2.290 vagas em cursos de medicina em 36 cidades. Desde 2013, 7.596 vagas foram autorizadas. É a primeira vez que o interior do País terá mais vagas do que as capitais, ressaltou o ministro.
Parcerias – O ministério anunciou nesta quarta-feira (14) um balanço das novas propostas de parcerias de desenvolvimento produtivo (PDPs) para 2015.
As parcerias público-privadas são fundamentais para diminuir os gastos públicos porque contribuem para a aquisição de medicamentos e equipamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS). As parcerias têm como meta garantir a autossuficiência do mercado nacional.
A primeira mudança ocorreu em dezembro do ano passado, quando foi lançada uma lista de 21 produtos prioritários para que as empresas se manifestassem. Antes, as empresas que enviavam suas propostas antes das definições do ministério. A alteração permite que as empresas possam competir em igualdade de condições.
Outras mudanças são a definição de prazos para apresentação de propostas de transferência tecnológica e o monitoramento contínuo.
Atualmente, há 98 parcerias vigentes, com 27 produtos sendo adquiridos. Todas se adaptaram às novas regras. Segundo o ministério, o sistema de PDPs proporcionou, desde 2010, economia de mais de R$ 2 bilhões para o SUS.
Da Redação da Agência PT de Notícias