“La diferencia es que no trabajamos por dinero, trabajamos por amor”. “Assim como prevenimos doenças, nós podemos prevenir muito mais”. As frases ditas de forma emocionada pelo Dr. Norge, médico cubano que atua na periferia da cidade de Mauá, na Grande São Paulo, e pela agente comunitária de saúde, Maria Brasil, que atua na cidade de Raposa, Maranhão, representam a essência do Programa Mais Médicos, criado há quatro anos e com mais de 60 milhões de brasileiros beneficiados.
Dirigido pelo documentarista Tarcísio Tadeu Garcia Pereira, o documentário “Agentes da Vida” retrata o trabalho dos profissionais do programa e terá o pré-lançamento nesta sexta-feira (22), em Mauá.
Filmado nas cidades de Raposa, no Maranhão, e Mauá, em São Paulo, além do bairro de Sapopemba, na periferia da zona leste da Capital, o filme traz depoimentos dos médicos – brasileiros e cubanos –, de agentes comunitários de saúde e pacientes, além do acompanhamento dos atendimentos da medicina preventiva e humanizada nas comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas e também nas grandes cidades.
O evento contará com a presença de profissionais da área da saúde e diversos personagens presentes no documentário. O ex-ministro da Saúde e criador do Programa Mais Médicos, Alexandre Padilha, também estará presente.
Para Alexandre Padilha, a oportunidade de apresentar a importância do Programa Mais Médicos, do trabalho dos profissionais nas periferias, é essencial para a percepção da sociedade da melhoria da qualidade de vida da população atendida.
“Eu carrego a ideia do Mais Médicos desde quando era aluno da faculdade de medicina. Em três anos de existência, o Programa beneficiou 63 milhões de brasileiros que, antes, não tinham acesso nenhum à saúde de qualidade, em 4.058 municípios do país, sendo em 34 distritos de saúde indígenas, e teve 95% de taxa de aprovação da população atendida. Esses profissionais são preparados para solucionar 80% dos problemas de saúde”.
Padilha afirma ainda que a vinda de profissionais do exterior para o atendimento médico não pode ser um tabu em nossa sociedade. “Os resultados destas pesquisas do Programa nos dão esperança de que um dia vire verdade àquilo que junto com colegas ainda na época de estudante, dizíamos:” chega de aprender nos pobres para depois só cuidar dos ricos”.
Após a exibição do filme, haverá uma exposição fotográfica das principais imagens registradas pela equipe documentarista. Haverá também o um bate papo com alguns personagens do projeto.
Documentário
Agentes da Vida é um documentário sobre o Programa Mais Médicos no Brasil. Acompanhando os profissionais de saúde nas periferias dos Estados do Maranhão e São Paulo.
Documentarista
Tarcísio Tadeu Garcia Pereira, que faz o seu terceiro filme, apresenta, agora, o AGENTES DA VIDA, um documentário sobre o Programa Mais Médicos. Ele e sua equipe documentaram o atendimento da medicina preventiva e humanizada feito pelos médicos brasileiros e cubanos.
Personagens
Alexandre Padilha, médico, ex-ministro da saúde, em sua gestão à frente do Ministério da Saúde, implementou o Programa Mais Médicos no Brasil, levando, aproximadamente, 18 mil médicos a todos os cantos do território nacional, inclusive em periferias de grandes cidades, em comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
Dr.Nelson Pimenta, médico que atende na comunidade onde nasceu, tem uma história peculiar: era servente de pedreiro e atuava na pastoral do seu bairro. Foi agente comunitário de saúde e quando se preparava para ingressar na faculdade de enfermagem teve a oportunidade de estudar medicina em Cuba.
Dona Agostina, 60 anos, rendeira, moradora no município de Raposa, estado do Maranhão, relata, emocionada, diversos casos de mulheres que morreram sem o devido atendimento de saúde “com o filho atravessado”. Ainda, relembra casos em que eram obrigadas a colocar a parturiente em uma rede de balanço e transporta-la em um barco para a capital. Hoje, a queda da mortalidade materna e infantil vem sendo reduzida drasticamente.
Doutor Norge, médico cubano, há 4 anos no Brasil, é um dos médicos mais queridos da cidade de Mauá. Sua casa se tornou um local de referência e refúgio para os pacientes, que o procuram até mesmo fora do seu horário de expediente. Tornando-o, além de médico, amigo dos moradores da comunidade onde vive e trabalha.
Maria Brasil, ACS (agente comunitária de saúde), analfabeta, vinda do Piauí, é envolvida com os problemas de sua comunidade e atua na área de saúde. Hoje, prestes a terminar o seu estudo universitário, destaca o acompanhamento das famílias do bairro e explica que desde o momento em que é identificado o “atraso da menstruação ao desenvolvimento gestacional acompanhando a vida da mame e do bebê”.
Serviço
Sexta-feira 22 de setembro, às 19h
R. Santa Helena, 248 – Centro, Mauá
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da assessoria de imprensa