Jair Bolsonaro (PSL) vai deixar 24 milhões de brasileiros sem o direito à saúde, segundo o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, para atender sua anacrônica cruzada contra o comunismo. Como o presidente eleito ainda vive nos tempos da Guerra Fria, ele resolveu atacar o Mais Médicos, especialmente os profissionais cubanos, que representam 47% dos doutores do programa.
Apesar da demonização feita por Bolsonaro, o Mais Médicos colecionou aprovações entre os brasileiros ao longo dos anos e foi responsável pela redução no número de internações hospitalares, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Universidade Federal de Viçosa (UFV). Desde a criação do programa, em 2013, pesquisas mostraram uma crescente aprovação entre a população.
Naquele ano, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) fez um levantamento que mostrou que 73,9% dos entrevistados apoiavam o programa. A pesquisa da CNT revelou ainda que os brasileiros ouvidos apontaram que o Mais Médicos solucionaria os problemas graves relacionados à saúde no país.
No mesmo ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) também realizou um levantamento, junto com o Ibope, que revelou que o programa do Ministério da Saúde foi aprovado pelos brasileiros, segundo reportagem do Valor à época. O gerente executivo de pesquisa e competitividade da CNI, Renato Fonseca, explicou à publicação que “na área da saúde, a resposta dos Mais Médicos agradou a população”.
Um ano após a criação do programa, a Universidade Federal de Minas Gerais fez um estudo que mostrou uma ampla aceitação do Mais Médicos pela população. Em 2014, a pesquisa revelou que 80% dos pacientes se diziam satisfeitos com o acompanhamento feito pelos médicos e 86% consideraram que o atendimento melhorou após a chegada dos doutores, segundo reportagem da Exame.
Reconhecimento internacional
A Organização das Nações Unidas (ONU) considerou, em 2016, que o Mais Médicos é uma das boas práticas relevantes para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A avaliação constou na publicação “Good Practices in South-South and Triangular Cooperation for Sustainable Development” – em português: ‘Boas Práticas de Cooperação Triangular Sul-Sul para o Desenvolvimento Sustentável’ -, a primeira de uma série desenvolvida pelo Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Ainda segundo a publicação, o programa contempla o terceiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – “Saúde de qualidade”: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar de todos, em todas as idades. O relatório indicou também que o Mais Médicos “é potencialmente benéfico em qualquer país que decidisse adotá-lo”.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Valor, Exame e das Nações Unidas