Em 2009, o governo da presidenta Dilma aumentou os impostos de importação do aço, que subiram de zero para 12% e 14%, a depender do tipo do produto.
Fez isso a pedido do setor siderúrgico a partir de uma demanda da Usiminas e da CSN, com vistas a proteger a indústria nacional de seu principal concorrente, o aço produzido pela China.
Ou seja, o governo agiu para garantir os ganhos do setor e, assim, garantir os empregos dos trabalhadores.
Agora, com a crise, qual a contrapartida da Usiminas? Anunciar a suspensão da produção de aço em Cubatão e a demissão, inicialmente, de dois mil trabalhadores e trabalhadores, pais e mães de família.
E não só em Cubatão, mas em toda a Baixada Santista. Quer dizer, na hora de pedir proteção, o Estado é bom. Mas quando o cinto aperta, só valem as leis do mercado.
E o povo que se dane.
Cubatão não vai se calar diante dessa violência. A prefeitura, os movimentos sociais e os cidadãos e cidadãs de todos os municípios da região vão entrar em vigília democrática para impedir que essa visão simplista e antissocial, baseada apenas nos lucros, prejudique milhares de vidas.
Marcia Rosa é prefeita de Cubatão pelo PT