O Brasil das pessoas decentes, inclusive as politicamente conservadoras, não aceita mais o que está acontecendo, principalmente, em São Paulo.
A agressão e os insultos dos quais Eduardo Suplicy foi vítima, na Livraria Cultura, são parte de uma agenda fascista cada vez mais perigosa e danosa para a democracia brasileira, sob o olhar condescendente de parcela considerável da sociedade.
É preciso entender que a criminalização do PT é, também, a criminalização da política.
Toda vez que aceitamos a violência contra um adversário, seja um palavrão gritado em um restaurante, seja um tiro no coração, estamos aceitando a violência contra todos.
Suplicy, como antes Guido Mantega e Antonio Padilha, foi vítima de bárbaros que não poderiam estar dentro de uma livraria, mas numa jaula de clínica veterinária, para tratamento de hidrofobia.
Ou numa clínica psiquiátrica.
Essas pessoas que agrediram Suplicy têm que responder por seus atos. É isso que a sociedade – pelo menos a parte sã dela – espera das autoridades policiais de São Paulo.
E a Livraria Cultura tem que se pronunciar sobre o assunto. Não é possível que um ambiente de saber e literatura seja conivente com a barbárie.
Marcia Rosa, prefeita de Cubatão pelo PT