A caravana Lula pelo Brasil edição Sul, que estava marcada para acontecer ainda em fevereiro, foi remarcada para a segunda quinzena de março. De acordo com o vice-presidente nacional do PT, Márcio Macêdo, o motivo da mudança é a adequação com o calendário letivo, já que grande parte das agendas do ex-presidente Lula serão em universidades e institutos federais. Além de conversar com acadêmicos, como tem feito desde a primeira edição do projeto, Lula também terá encontros com líderes internacionais, como Pepe Mujica e Cristina Kirchner.
A quarta etapa da caravana será no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Segundo Macêdo, a iniciativa de percorrer o Brasil e dialogar com a população é uma experiência rica e imprescindível para entender as demandas do povo brasileiro.
“Fiquei muito encantado com as caravanas até agora, que estão sendo a maior movimentação das massas da história recente do Brasil fora do período de eleição. É algo extraordinário. É difícil ter um líder que possa fazer o que Lula está fazendo, rodando o país, levando multidões, ouvindo e sendo ouvido, trocando experiências. É uma relação muito forte que ele tem com o povo do Brasil”, comentou.
O dirigente conta que a o projeto Lula Pelo Brasil trata-se de uma reedição de caravanas já haviam sido feitas pelo ex-presidente Lula na década de 70, quando ele viajou o país para construir o movimento sindical, na década de 80, no período de criação do PT, e na de 90.
“Dialogar com o povo para construção de um projeto nacional é uma característica do PT e de Lula. E quero dizer que tenho a honra de coordenar esse projeto, que é sucesso absoluto em todo país.”, complementou, durante entrevista concedida nesta quinta-feira (15) ao radialista Fernando Cabral da Rádio Jornal AM de Sergipe.
Na ocasião, Macêdo também falou sobre a política nacional e local, destacando o posicionamento do PT com relação às eleições desse ano e possíveis alianças. Márcio avalia que o partido está em seu melhor momento em relação aos movimentos sociais.
“O PT nacional não está enfraquecido. É claro que saímos do governo e nossa presidenta honesta sofreu impeachment sem nenhuma prova material, o que é um absurdo e foi um golpe parlamentar. Mas o partido sai muito bem dessa crise. O PT voltou a ser o partido mais amado do Brasil, tendo 20 pontos de aprovação, quando o segundo tem cerca de 3,8. É um momento de ascensão, de reaproximação com sua luta histórica e com a militância, que está mobilizada e efervescida”, afirmou.
Reforma política
Ainda durante a entrevista, o vice-presidente nacional do PT aproveitou a oportunidade para defender a reforma política. Ele acredita que é preciso haver mudanças para que a democracia seja colocada em prática de modo mais pleno.
“Sou a favor de uma constituinte exclusiva para debater somente a reforma política e até uns 10 temas que pudessem ser aprovados num plebiscito, com deputados e senadores eleitos só para fazer uma reforma na constituição. Acho que isso daria contribuição política muito grande ao Brasil”.
Da Redação da Agência PT de Notícias