De volta ao Parlamento, depois de sete anos, o deputado Márcio Macêdo (PT-SE), em pronunciamento na sessão do Congresso nesta quinta-feira (28) afirmou que retornava à Câmara com o mesmo entusiasmo, determinação e honra com que tomou posse em 2011. “Mesmo que tardiamente, faço justiça ao voto soberano do povo e à democracia representativa”, disse, ao explicar que na eleição de 2018 obteve votação para estar entre os oito mais votados para as vagas destinadas ao estado de Sergipe. “Entretanto, a regra da sobra eleitoral utilizada naquela eleição me tirou a vaga que o povo legitimamente me outorgou, mas hoje estou aqui”. Macêdo tomou posse na noite de ontem.
Márcio Macêdo reforçou a sua escolha de lutar ao lado dos trabalhadores, dos menos favorecidos, dos excluídos, dos desvalidos, em busca da justiça social. “Mudar a vida das pessoas para melhor, essa é a nossa luta; esse é o meu lado na história”, frisou, ao acrescentar que estava com saudade da tribuna da Casa do Povo do Brasil.
“Eu sou de um tempo aqui nesta Casa em que se subia na tribuna para falar ao Brasil do pleno emprego, da inflação controlada, do dólar em cotação compatível com um país livre e soberano, do Brasil que Luiz Inácio Lula da Silva tinha construído e legado ao povo brasileiro. Naquele momento o desemprego era de 6,2%, hoje corresponde ao dobro, 11,2%; o dólar custava R$ 1,72, hoje custa R$ 5; a inflação era de 4% e hoje bate, no acumulado, nos 12%. O ano de 2021 trouxe de volta uma das maiores inflações de todos os tempos e, infelizmente, não será diferente em 2022”.
O deputado citou ainda que naquele período em que exerceu o seu primeiro mandato de deputado federal o Brasil tinha uma economia aquecida, gerando desenvolvimento e renda para o Brasil e para os brasileiros. “Desta tribuna eu falava de cadeias produtivas do petróleo, do gás e da construção civil fortalecidas, gerando empregos e divisas para uma nação que crescia e era respeitada no cenário internacional. A gasolina era R$ 2,5, hoje custa R$ 7,5; o etanol era R$ 1,55, hoje custa R$ 6; o gás de cozinha custava de R$ 35 a R$ 38, hoje custa ao bolso do trabalhador R$ 120”, lamentou.
Tempos do Lula
Márcio Macêdo relembrou ainda o Bolsa Família – programa criado pelo governo Lula e destruído pelo governo Bolsonaro –; da redução da pobreza, do País fora do Mapa da Fome; do acesso a atendimento digno à saúde; do poder de compra do salário mínimo; da proteção ambiental; e do Minha Casa, Minha Vida; “Esse era o tempo do Lula, no qual o Brasil estava sorridente, a juventude estava nas universidades através do ProUni, do Fies, do Ciência sem Fronteiras e da criação de centenas de universidades e de institutos de ensino superior públicos pelo país afora”, enfatizou, citando ainda o sucesso da diplomacia brasileira e o respeito que o mundo demonstrava ao Brasil, que ajudou a criar o Brics, a fortalecer o Mercosul e tinha participação ativa nas decisões da América Latina.
“Dessa tribuna falei desse Brasil que fez uma revolução democrática, lastreado na paz, na distribuição de renda, na geração de oportunidades e no compromisso com o desenvolvimento do seu povo, um Brasil liderado por Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou. Na avaliação de Macêdo, hoje, nós vivemos tempos difíceis. “Um presidente instalado no Palácio do Planalto que trabalha para destruir as conquistas da Constituição Federal de 88, afronta os outros Poderes da República, fere a democracia, leva o País ao empobrecimento e foi responsável por um verdadeiro genocídio, com a morte de mais de 660 mil brasileiros durante a pandemia da Covid-19”, criticou.
Márcio Macêdo conclui afirmando que retornava à tribuna da Câmara para dizer que aquela era vai voltar, que o tempo de Lula vai voltar. “Quem tiver compromisso com a democracia, com a defesa da Constituição Cidadã, com a erradicação da fome e com o desenvolvimento sustentável do Brasil é convidado a vir conosco nesta batalha que será travada em 2022 para mudar a vida da nossa gente. Eu estarei ao lado do Lula, ao lado do povo brasileiro, ao lado da nossa pátria, de um projeto justo, digno e confiável, que já mostrou sua força e suas realizações”, garantiu.
Do PT na Câmara