Durante todo o fim de semana foram realizadas uma série de oficinas, debates e atos com representantes dos movimentos negros na Vigílila Lula Livre, em Curitiba. Foi estendida uma faixa “Eu sou negro e negra. Lula e eu nos entendemos” e várias lideranças assumiram o megafone para falar como a liberdade do ex-presidente é a bandeira de luta dos negros e negras brasileiros.
“Estamos aqui para denunciar o caráter racista do golpe de 2016, que minou todos os avanços sociais que conquistamos durante os governos de Lula e da Dilma. Existe uma conseqüência nefasta do golpe sobre a população negra”, declarou o secretário Nacional de Combate ao Racismo do PT, Martvs das Chagas.
Ele fez um paralelo das injustiças cometidas contra Lula, preso injustamente em um processo sem provas, com o que acontece com o povo negro. “O que acontece com Lula acontece todo dia com cada um de nós. A luta não é só pela liberdade do presidente. Acabamos de completar 130 anos de uma abolição inacabada que nos colocou no substrato social brasileiro”.
Ainda sobre as ações do movimento negro em defesa de Lula, Martvs contou que a ideia é realizar um grande congresso em Curitiba no mês de junho com artistas, lideranças e intelectuais negros. “A ideia é mostrarmos para todo o Brasil que o povo negro só entende a democracia com a liberdade de Lula”.
Martvs estava acompanhado da ex-secretária de Educação de Minas Gerais, Macaé Evaristo, que puxou um jogral emocionado na entrada da sede da Polícia Federal, na Praça Olga Benário.
Macaé destacou os avanços das políticas em educação durante os governos do PT, destacando o ProUni, a criação de universidades e institutos federais que possibilitaram ao povo pobre o acesso ao ensino superior.
“Com Lula conseguimos avistar um horizonte através das políticas públicas de inclusão social que ele fez. Lula sempre lutou por nós, por isso Lula Livre é nossa bandeira pela democracia”, disse Macaé.
Também participaram do ato Ana Benite, presidenta da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e Georgina Lima da ABPN Sul. Após o ato, o povo da vigília participou de uma aula de turbante e rodas de conversa com representantes do movimento.
No sábado (20), a ex-ministra de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos de Dilma Nilma Lino Gomes lançou o livro “Movimento Negro Educador” e participou de um debate sobre direitos humanos e racismo com o ex-ministro de Direitos Humanos de Lula Paulo Vannuchi.
Da Redação da Agência PT de Notícias, direto de Curitiba