No 13º dia da Vigília Lula Livre o acampamento junto à sede da Polícia Federal em Curitiba teve discurso de gala de Aloizio Mercadante, que estava acompanhado dos deputados federais Arlindo Chinaglia e Paulo Pimenta. Mercadante fez uma retrospectiva dos governos Lula e conclamou o povo a resistir para continuar mudando o Brasil.
“O Lula está no coração de cada um de nós, está na consciência de milhões de brasileiros. Ele, preso, é uma ideia que está percorrendo o semi-árido, a Amazônia, as periferias das grandes cidades, sonhando que a gente vai continuar lutando”, disse.
Mercadante recordou as lutas com Lula desde que se conheceram, em 1974. Recordou da passagem da caravana da campanha de 1989 por Curitiba, onde surgiu o sinal com o polegar e o indicador formando o L do sinal que até hoje marca o nome de Lula, sugerido pelo companheiro Mário Milani. Ele lembrou os bons tempos dos governos Lula, que o povo quer livre e candidato à Presidência da República.
“Lula está preso porque o governo dele mudou esse País. O governo dele combinou estabilidade, crescimento, distribuição de renda, soberania nacional, passamos da 13ª para sexta maior economia do mundo, nunca tivemos tanto prestígio internacional”, recordou.
A preocupação com o social foi o eixo de ações que levaram ao desenvolvimento econômico, observou Mercadante. “Distribuir a renda para crescer e crescer distribuindo renda. Com isso 23 milhões de pessoas passaram a ter carteira assinada, 43 milhões de pessoas ascenderam socialmente. Foi a maior distribuição de renda que o mundo ocidental viu em tão pouco tempo”, disse. Ele destacou o programa Bolsa Família, que deu a 17 milhões de famílias um pouco de dignidade.
Ex-ministro da Educação, Mercadante enumerou os avanços nessa área nos governos do PT. Os índices de acesso e permanência melhoraram. Na educação básica, 12 milhões de negros concluíram o ensino fundamental. “Nas universidades, onde os negros não pisavam, fizemos política de cotas, com metade das vagas para alunos da escola pública. O número de matrículas no ensino superior passou de 3,4 milhões para 8 milhões, o maior acesso e permanência da história do País”, afirmou.
Para confirmar a revolução na educação brasileira em tão pouco tempo, Mercadante citou pesquisa do Enad feita em 2015, que mostrou que 35% dos formandos naquele ano eram os primeiros da família a ter essa graduação. “Quando o filho da empregada doméstica chega e vira doutor, a elite fica nervosa, pois sabe que com Lula e depois de Lula não vai ter volta na relação de casa grande e senzala, na relação de exploração. Eles acham que vão conseguir, mas não vão”, disse.
Arlindo Chinaglia criticou a decisão judicial que impediu a visita de Adolfo Perez e Esquivel e Leonardo Boff ontem a Lula. “Aqui houve uma demonstração de autoritarismo, da força de quem acha que pode tudo, que foi o impedimento do abraço tanto do frei Boff como do prêmio Nobel Esquivel”, lamentou.
Ele considera que a decisão na realidade não é uma demonstração de força. “É de fraqueza. Eles temem o que esse símbolo Lula representa e a força que ele tem no exterior. Eles sabem que vai haver propagação. Estão tentando enxugar gelo, não vão conseguir”, avaliou.
Chinaglia destacou que Lula permanece na frentes de todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições deste ano. “Ele tem a menor taxa de rejeição. Estamos obtendo vitórias importantes. Não nos iludamos que é fácil, mas não desistiremos. Nós já vencemos uma ditadura no Brasil. Agora estamos de novo lutando pela democracia, pelos direitos dos cidadãos brasileiros e essencialmente pelos direitos do presidente Lula”, disse.
O deputado federal Paulo Pimenta esteve mais uma vez no acampamento da Vigília Lula Livre nesta sexta-feira. Ele também criticou o fato de Esquivel e Boff terem sido barrados na porta da PF por decisão da Justiça que persegue Lula.
“A notícia de que um prêmio Nobel esteve aqui para visitar Lula e foi impedido corre o mundo inteiro nos envergonhando”, disse. Ele reafirmou que a hora é de resistência. “Acham que vão nos vencer pelo cansaço, mas não para de vir gente para cá e outros acampamentos surgem em outras cidades do País”, afirmou. “Só sairemos das ruas com Lula conosco”, avisou.
Da Redação da Agência PT de Notícias