O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, criticou, em coletiva de imprensa neste sábado (27), a “ênfase” dada pela mídia em vazamentos seletivos contra o Partido dos Trabalhadores. Ele lembrou que a delação premiada de Ricardo Pessoa, presidente da empresa UTC, citou políticos de outros partidos.
“Nesse episódio de investigação que atinge vários partidos e políticos do país, há ênfase no ataque ao PT e ao partido do governo. Uma parte é luta política e os problemas graves que ocorreram, as pessoas que estão envolvidas, de vários partidos, mas é evidente que há uma elite focada numa disputa que não parou desde o fim das eleições”, disse.
Na última sexta-feira (26) por meio de nota, Mercadante informou ter recebido R$ 250 mil da UTC, “conforme demonstrado em minha prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral”. Ele reafirmou que as doações foram legais.
O ministro ainda questionou os motivos pelos quais a mídia não cita as doações de empreiteiras investigadas na Lava Jato ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo.
Segundo Mercadante, o tucano “também recebeu das empresas, R$ 1,4 milhão pela Constran e pela UTC, devidamente prestadas contas na Justiça Eleitoral”.
Apesar dos ataques ao PT, Mercadante declarou estar disposto em ajudar nas investigações da Lava Jato e, caso necessário, confrontar a delação de Pessoa.
“Estou pedindo acesso às informações dessa delação para esclarecer esse episódio e me colocar à disposição da Procuradoria Geral da República para dar resposta o mais rápido às informações necessárias para que a gente possa esclarecer. Como homem público, faço questão de responder a qualquer tipo de questionamento”, disse.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias