A oferta de emprego formal no Brasil avançou vertiginosamente nos últimos anos. Influenciado pelo fortalecimento da economia e por políticas de trabalho, emprego e renda, o mercado de trabalho vem crescendo de forma expressiva a partir de 2004.
Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) revelam que o emprego formal cresceu em média 5,8% ao ano entre 2004 a 2011. Já de janeiro de 2011 a fevereiro de 2014, foram gerados mais de quatro milhões de vagas de trabalho.
Só nos três primeiros meses deste ano, foram criados mais de 300 mil empregos formais, superior ao observado no mesmo período de 2013.
Os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revelam ainda que houve um crescimento de 2,57% no número de pessoas que conquistaram emprego com carteira assinada no último ano.
Já informações da RAIS, que envolvem também os servidores públicos, mostram que foram gerados, de 2011 a 2014, um aumento de 10,99%, com mais de 4,8 milhões postos de trabalho gerados.
Com a taxa de desemprego em níveis reduzidos, cerca de 5% entre 2012 e 2014, o Brasil foi um dos países que demonstrou melhor reação do mercado de trabalho à crise financeira mundial. Isso influenciou na redução da informalidade, na diminuição da taxa de desemprego e no aumento dos salários.
Nesse contexto, enquanto a média salarial no restante do mundo recebeu aumento médio de apenas 1,2%, o Brasil apresentou um ganho real de 2,7%, mais que o dobro, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Diante disso, o Caged também revela um ganho de 2,59% na média dos salários em 2013 em comparação com o ano anterior. Segundo a pesquisa, houve um crescimento constante nos rendimentos nos últimos dez anos, um aumento real de 42,91% acima da inflação.
A redução no número de desempregados também influenciou baixas nos índices de desigualdade social, com reflexos na concentração de renda, que diminuiu de 0,524 em 2009, para 0,508 em 2011, segundo o índice de Gini, cálculo usado para medir a desigualdade social.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias