“Bolsonaro facilita a compra de armas no Brasil, capital mundial de assassinatos”. Com essa frase a agência AP News noticiou o decreto sobre posse de armas assinado por Jair Bolsonaro nessa terça-feira (15), deixando claro que a segurança pública do país não deve melhorar. A medida, que é criticada por especialistas em segurança de todo o mundo, repercutiu em diversos órgãos de imprensa.
O Spiegel, da Alemanha, destacou em matéria que o Brasil é um dos países mais violentos do mundo, com cerca de 64 mil mortes em 2017, e de acordo com especialistas ouvidos pela veículo de comunicação, o número de crimes violentos deve aumentar.
No The Independent da Inglaterra, a notícia dizia que “O presidente de extrema-direita do Brasil, Bolsonaro, assinou um decreto facilitando a compra de armas”. O texto destaca que o decreto é parte de um plano para derrubar o estatuto do desarmamento, de 2003.
Outro jornal inglês, o Guardian, apontou que o decreto de Bolsonaro foi criticado pelos especialistas em segurança pública e trouxe aspas do presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Lima: “Essa é uma porta de entrada para a violência e uma terrível notícia para a segurança pública”.
O site do Qatar, Al Jazeera também apontou que “o Brasil é a capital mundial de assassinatos” e de maneira irônia acrescentou que “o novo presidente de extrema direita acredita que armar sua população diminuirá o crime”. Segundo a matéria, a decisão “pode ter um efeito negativo com acusações de violações de direitos humanos e a taxa de homicídios subindo cinco por cento em relação ao mesmo período de 2017”.
Matéria do jornal estadunidense New York Times também aponta que “o decreto presidencial elimina a exigência de que os requerentes declarem formalmente porque precisam de uma arma e tenham esse argumento aprovado pela polícia”.
“Embora o anúncio de terça-feira encante muitos dos apoiadores de Bolsonaro, e apesar da irritação pela violência generalizada, a maioria dos brasileiros ainda é a favor da regulamentação rigorosa das armas. De acordo com uma pesquisa realizada no mês passado, 61 por cento acreditam que a posse de armas por parte de civis deveria ser proibida”, acrescenta o texto.
Da Redação da Agência PT