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Mídia internacional: ignorância de Salles gera indignação

Matérias destacam fala do ministro do Meio Ambiente, que mostrou total ignorância e até desprezo por Chico Mendes, ambientalista internacionalmente reconhecido

Reprodução

Na noite de segunda-feira (11), o ministro do meio-ambiente, Ricardo Salles, afirmou durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, que não conhecia o ambientalista e líder seringueiro Chico Mendes, mas que segundo “o pessoal do agro”, “ele não era isso que é contado”, e que “usava seringueiros para se beneficiar”.

Importantes veículos de comunicação do mundo como o jornal The Guardian, as agências Reuters e Al Jazeera repercutiram a notícia afirmando que a fala do ministro, por demonstrar total ignorância, gerou indignação e ele foi duramente criticado.

Assassinado brutalmente em sua casa na cidade de Xapuri (AC), em dezembro de 1988, por um grupo de pistoleiros à mando de fazendeiros, Chico Mendes se tornou símbolo da defesa dos povos da floresta, tanto indígenas quanto trabalhadores serigueiros. Ainda em vida, sua luta foi internacionalmente reconhecida e ele recebeu diversos prêmios, entre eles o Global 500, oferecido pela ONU por sua luta em defesa do meio ambiente.

“Grupos ambientalistas do Brasil criticaram o ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro após ele ter descartado o defensor da floresta amazônica assassinado Chico Mendes como ‘irrelevante'”, pontuaram os textos, lembrando que Salles supervisiona o Instituto Chico Mendes, nomeado em homenagem ao defensor do meio ambiente e que cuida das áreas protegidas do Brasil.

De acordo com os veículos de comunicação, “Bolsonaro minimizou as preocupações ambientais durante sua campanha presidencial de extrema direita em 2018, ameaçando tirar o Brasil do acordo de Paris sobre a mudança climática e defendendo mais desenvolvimento econômico e de mineração na floresta amazônica”.

Os textos ainda destacam que os comentários de Salles “alimentaram as críticas à postura do governo, que os ambientalistas dizem ser excessivamente pró-negócios e interesses agrícolas”.

Da Redação da Agência PT de notícias