As estratégias de comunicação adotadas pelo PT na internet conquistaram os internautas e chamou a atenção da imprensa. O jornal Valor Econômico constatou que o número de seguidores da presidenta Dilma Rousseff no Facebook cresceu 17 vezes e as curtidas no perfil do partido na rede quintuplicaram.
Segundo o vice-presidente do partido e coordenador de redes sociais, Alberto Cantalice, a reinvenção nos métodos de comunicar com a adoção da internet foi um desafio para a legenda. “O PT sempre teve muita dificuldade com a comunicação porque somos um partido da época do panfleto e do cartaz, demoramos a compreender o papel das redes”, explicou ao Valor.
Em outubro de 2013, o Facebook da presidenta Dilma Rousseff contava com 37 mil curtidas. Hoje, a fanpage é acompanhada por mais de 690 mil pessoas. Ao mesmo tempo, a página do PT na rede social saiu de 50,8 mil para 261 mil seguidores.
O número de curtidas de Dilma é menor quando comparado aos dos adversários Aécio Neves, do PSDB (911 mil) e Eduardo Campos, do PSB (973 mil). No entanto, os seguidores das fanpages dos partidos oponentes foram obtidos por meio de patrocínio. As páginas comandadas pelo PT não utilizam essa estratégia. Na fanpage de Dilma as curtidas são orgânicas, sem qualquer pagamento à rede social, fruto do acompanhamento espontâneo dos internautas.
Quando a comparação diz respeito ao número de seguidores de cada legenda o resultado é diferente. Também de forma orgânica, o PT lidera com 256 mil seguidores, seguido do PSDB (206 mil) e do o PSB (64 mil).
Segundo Cantalice, o uso da internet é importante para a difusão das propostas do partido, que podem complementar as informações divulgadas pela TV. “O eleitor assiste ao programa, mas vai comentá-lo nas redes. A internet vai ser um fórum de discussão e avaliação da campanha”, disse.
A Agência PT de Notícias e as oficinas de redes sociais aos membros dos diretórios estaduais do PT também foram mencionadas pelo veículo. Para as eleições de 2014, a expectativa é que o público jovem conheça os feitos da legenda nos últimos 12 anos por meio destas ferramentas. “Temos de ter a capacidade de demonstrar o que fizemos nesses anos e também apontar uma perspectiva de futuro, porque boa parte da juventude que vai votar não viveu os períodos anteriores, viveu Lula e Dilma”, completou Cantalice.
Por Victoria Almeida, da Agência PT de Notícias.