Em mais uma demonstração de resistência contra a prisão política de Lula e pelo seu direito de participar das eleições, cerca de 5 mil camponeses de todas as regiões do Brasil deram início nesta sexta-feira (10) à Marcha Nacional Lula Livre, que percorrerá cerca de 50 quilômetros durante os próximos quatro dias.
Organizada pelo MST e pela Via Campesina, a iniciativa culminará com grande ato em Brasília no dia 15 de agosto, data em que o ex-presidente será registrado como candidato à Presidência da República. “A crise política que estamos vivendo é que nos trouxe até aqui. O governo que está aí é fracassado e vemos em Lula a pessoa certa para barrar os efeitos do golpe”, reitera Alexandre Conceição, da direção Nacional do PT.
O ponto de partida ocorreu simultaneamente nas cidades de Formosa (GO) e Luziânia (GO) e um terceiro grupo de manifestantes seguirá a partir da cidade de Engenho das Lages (DF). O encontro na capital federal ocorre no dia 14. A expectativa é que outras milhares de pessoas, entre representantes de movimentos sociais, comunidades campesinas, artistas e líderes políticos e sindicais se unam ao ato em Brasília.
Além de fortalecer a resistência contra a prisão arbitrária de Lula, mantido injustamente na Polícia Federal de Curitiba há mais de 100 dias, a Marcha também reforça a pressão sobre os inúmeros ataques do golpista Temer aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
“A nossa marcha tem três grandes objetivos. O primeiro está no próprio nome da marcha. Como nós vamos justificar que aqui há democracia se Lula não disputar as eleições? O segundo é em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Queremos levar a importância da reforma agrária no Brasil, ainda mais num momento em que a miséria voltou a assombrar a população. Por fim, queremos criar um projeto popular para o país”, explica Marina dos Santos, dirigente do MST.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do Brasil de Fato