Diversas categorias profissionais promoveram, nesta sexta-feira (29), protestos para pressionar deputados e senadores contra o projeto de terceirização e ajustes propostos pelo governo.
Em mobilização encabeçada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), houve paralisação nos transportes, bancos e industrias, interdição de estradas e avenidas e passeatas em diversas cidades, em todos os estados e o Distrito Federal.
São Paulo – Pela manhã, na região metropolitana, motoristas e cobradores de ônibus atrasaram as saídas das garagens em forma de protesto.
Também pela manhã, a Polícia Militar, sob responsabilidade do governador Geraldo Alckmin (PSDB), agrediu covardemente estudantes e trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP), que manifestaram-se por melhores condições de trabalho.
No decorrer do dia, bancários cruzaram os braços e fecharam agências e centros administrativos na capital. A categoria, que já conhece os malefícios da terceirização em áreas como o call center e nos correspondentes bancários, alerta que não irá aceitar que o projeto da terceirização seja aprovado no senado.
Servidores públicos também se mobilizaram contra a terceirização, que começa a atingir diversos setores do funcionalismo públicos.
Mesmo completando 80 dias em greve, os professores do estado se mantem firme na luta pela valorização da classe e por um ensino público de qualidade, participando das mobilizações e reafirmando que não tem arrego. Sem negociação do governo de São Paulo, os docentes decidiram manter a paralisação na rede estadual.
No ABC, milhares de trabalhadores aderiram aos protestos, paralisando a
Na avenida Paulista, motoboys se uniram a centenas de trabalhadores e protestaram em frente a Federação das Industrias (Fiesp). Houve interdições também na região central e zona oeste da cidade.
Também houve grande mobilização no interior do estado, como na Refinaria de Paulínia, onde os petroleiros pararam o primeiro turno e interditaram a Rodovia SP-332.
Na Universidade de São Paulo (USP), professores e alunos participaram de ato em frente ao portão principal da instituição. No início da tarde, houve confusão e policiais atiraram bombas e balas de borracha nos manifestantes.
Minas Gerais – Em Belo Horizonte, os metroviários realizaram uma paralisação que dura todo o dia.
Sul – No Rio Grande do Sul, funcionários do metrô e de ônibus de Porto Alegre também cruzaram os braços em protesto.
Bahia – Com a participação de diversos sindicatos, movimentos sociais do campo e da cidade e docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), manifestantes interditaram rodovias e fecharam uma faixa da Avenida ACM para protestar em frente a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).
Espírito Santo – Na capital, Vitória, houve protestos próximo ao campus da Universidade Federal do Espírito Santo.
Pernambuco – Trabalhadores pararam a capital Recife. Durante a paralisação, 11 dirigentes sindicais foram detidos pela polícia por fazerem manifestação no Porto de Suape, na região metropolitana. A CUT/PE afirmou que tomará as medidas legais necessárias para liberação dos detidos.
Também na capital pernambucana, metroviários, cobradores e condutores de ônibus, bancários, professores e funcionários públicos participaram da paralisação.
Paraná – Trabalhadores de diversas categorias se mobilizaram para o Dia Nacional de Paralisação, parando indústria e interditando vias de Curitiba.
Ceará – Em Fortaleza, os protestos foram na frente da Companhia Elétrica Nacional, bloqueando algumas vias de acesso a companhia.
O Dia Nacional de Paralisação e Manifestações foi resultado da inquietação da população contra a onda conservadora reacionária que assola o país e pela luta por direitos da classe trabalhadora.
Por Gustavo Mello, da Agência PT de Notícias