Fernanda Mano de Almeida mantém um firme discurso de combate à corrupção por meio de suas redes sociais. Crítica severa do governo Dilma Rousseff e simpatizante do PSDB, conforme demonstram suas publicações, Fernanda adota outro tipo de postura longe do mundo virtual.
Ela é uma das beneficiárias da conta secreta do pai, Paulo Celso Mano Moreira da Silva, ex-diretor do Metrô de São Paulo na gestão de José Serra, no HSBC em Genebra, Suíça.
Segundo o jornal “O Globo“, a conta foi aberta em 1997, época em que fora assinado contrato com a multinacional francesa Alstom, denunciada por envolvimento no escândalo do Trensalão Tucano, que desviou milhões em reais de recursos do governo de São Paulo.
O acordo, feito sem licitação, contou com a assinatura do também ex-diretor do Metrô, Ademir Venâncio de Araújo, para aquisição de um sistema de sinalização e controle da linha Norte-Sul (Vermelha).
Para fechar o negócio, os funcionários da estatal recorreram a um termo aditivo feito sobre um contrato firmado oito anos antes. Atualmente, Paulo Celso é acusado de impropriedade administrativa pelo Ministério Público do Estado.
Além de Fernanda, a filha mais nova do ex-diretor do Metrô, Mariana Mano Moreira da Silva, e a esposa, já falecida, também são descritas como beneficiárias da conta na suíça.
Durante a campanha derrotada de Aécio Neves à Presidência da República, Fernanda foi militante do partido. Em fevereiro de 2014, ela postou uma imagem no perfil pessoal do Facebook contra a corrupção no Brasil, onde dizia ter vergonha dos políticos do País.
O saldo, na somatória das contas secretas de todos os integrantes da família Moreira da Silva em Genebra, chega a US$ 3,032 milhões. Algo em torno dos R$ 9 milhões.
Procurada pela reportagem da Agência PT de Notícias, Fernanda não foi localizada até a publicação desta reportagem. Mais tarde, ela retirou seu perfil do Facebook.
Da Redação da Agência PT de Notícias