Sobraram apenas 30 dos 116 funcionários do Escritório de Prioridades Estratégicas (EPE) do governo de Minas Gerais. Em pouco menos de um mês, a administração petista do governador Fernando Pimentel se deparou com um cabide de empregos criado pelo governo tucano. O órgão, agora, será absorvido agora pela Secretaria de Governo.
O escritório foi criado em janeiro de 2011 pelo ex-governador e agora senador tucano Antônio Anastasia. O papel do órgão seria contribuir na definição e execução das prioridades estratégicas do estado no contexto do “choque de gestão” do PSDB mineiro.
Com status de secretaria de estado, o escritório era um órgão autônomo, ligado diretamente ao gabinete do governador. Um total de 86 servidores do órgão, todos em cargos de confiança, acabaram demitidos pelo secretário Odair Cunha, novo titular da pasta.
Do quadro funcional do EPE, só restaram 25% dos servidores, a serem aproveitados na realocação da equipe na secretaria. Ou seja, 75% deles foram considerados quadro excedente e dispensável, sem condições de aproveitamento.
Legado tucano – Os tucanos governaram Minas Gerais por doze anos, de 2003 a 2014. O senador Aécio Neves, derrotado pela presidenta Dilma Rousseff na eleição de 2014, foi o mais longevo, considerado padrão de referência do grupo: ficou quase oito anos no poder e deu lugar ao vice, Antônio Anastasia, em abril de 2010.
Empossado, o vice virou titular e se manteve no cargo na condição de governador eleito entre 2011 e início de 2014. No início do ano passado, Anastasia também se desincompatibilizou do cargo para ser candidato e se eleger para o Senado. Ele irá iniciar o mandato no dia 1° de fevereiro.
Substituiu Anastasia o vice Alberto Pinto Coelho (PP), que completou o restante do mandado, de pouco mais de nove meses, antes de passar a faixa ao petista Fernando Pimentel, em 1° de janeiro.
Dedicado à execução de um abrangente levantamento das mazelas da era tucana, o governador Fernando Pimentel tem afirmado que o governo só vai começar para valer a partir de abril.
É quando a avaliação completa do espólio do PSDB vai permitir ao novo governo definir e orientar ações prioritárias para o estado.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias