A nova ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu (PMDB), afirmou, nesta segunda-feira (5), que, durante o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, a pasta focará em ampliar a classe média rural. Segundo ela, o pedido foi feito pela presidenta Dilma Rousseff.
“Iremos de porteira em porteira para encontrar essas pessoas. Formaremos uma rede de assistência da classe rural”, afirmou a nova ministra.
Kátia Abreu assume o Ministério da Agricultura, antes ocupado por Neri Geller, no mesmo dia em que foi publicada entrevista polêmica da ministra no jornal “Folha de S. Paulo”. Ao jornal, Kátia disse não existir mais latifúndios no Brasil.
Além disso, a nova ministra afirmou que os conflitos fundiários com indígenas acontecem porque os índios “saíram da floresta e passaram a descer nas áreas de produção”.
Ao assumir o cargo, Kátia declarou “eterno amor” aos ruralistas. “Quero declarar meu eterno amor a esta categoria, a este setor que ajudou a me criar e ajudou a formar todo o meu caráter, os meus princípios, junto com todos vocês de norte a sul deste país”, disse.
A ministra também exaltou a importância dos produtores rurais na agropecuária. “Estejam certos de que esse ministério terá os olhos voltados todo o tempo para a mais importante das peças mais eficientes da agropecuária: os produtores rurais. Se eles tiverem sucesso, ganha a sociedade como um todo”, avaliou.
De acordo com Kátia, a gestão no Ministério da Agricultura será feita sem divisões ou segregações. “Será, acima de tudo, o ministério dos diálogos, o ministério dos brasileiros”, defendeu.
Perfil – Formada em psicologia pela Universidade Católica de Goiás (UCG), Kátia Abreu foi a primeira mulher a assumir o comando da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A nova ministra foi eleita primeira suplente na Câmara dos Deputados pelo PFL do Tocantins, atual DEM, em 1998. Kátia também foi eleita deputada federal pelo Tocantins em 2002 pelo PFL, atual DEM, e senadora, em 2006.
Em 2011, Kátia deixou o DEM para fazer parte do PSD, do ministro das Cidades, Gilberto Kassab. No entanto, em 2013, ela abandonou o PSD e filiou-se ao PMDB, partido pelo qual foi reeleita senadora, em 2014.
Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias