O ministro da Educação, Renato Janine, lamentou, nesta terça-feira (14), os desvios cometidos no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), descobertos pela Operação Águia de Haia, e considerou a atitude asquerosa.
“É intolerável que dinheiro que deveria ir para a Educação seja desviado por alguns indivíduos que traem a confiança pública. Contratos fraudados, licitações forjadas e conluios já são, por si, inadmissíveis. Envolvendo a educação, tornam-se mais do que isso. Tornam-se asquerosos”, publicou em sua página no Facebook.
Janine elogiou também o trabalho da Polícia Federal e dos tribunais de contas, que resultou na prisão de suspeitos de falsificar licitações em parceria com agentes públicos, em troca de propina. “Que a ação eficiente dos tribunais de contas estaduais e da Polícia Federal na Operação Águia de Haia sirva de exemplo para quaisquer pessoas ou grupos que ainda não entenderam que o tempo delas acabou”, disse.
O valor de verba pública desviada atinge R$ 57 milhões, segundo a PF. Os crimes começaram em 2009, na cidade de São Paulo, depois foram para Minas Gerais e, em 2010, se estabeleceu na Bahia, onde foram atingidos 18 municípios.
Na segunda-feira (13), a operação estabeleceu o cumprimento de 96 mandados de busca e apreensão. Na Bahia, foram quatro mandados de prisão preventiva, além de Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.
Os responsáveis pelas fraudes serão indiciados por crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha, entre outros delitos.
“A Bahia não merece isso. O Brasil não merece. A elas, o aviso: vocês não passarão. Suas práticas serão extintas, e o que vocês tentam fazer será relegado a páginas vergonhosas da história”, afirmou Janine.
O ministro também elogiou o nome dado para a Operação. “Águia de Haia, justa homenagem ao político e jurista Ruy Barbosa. Que a história deste homem notável, filho da Bahia, nos norteie e inspire para bem longe destes vilões, rumo a um Brasil onde apenas vicejem os bons e honestos”, disse.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias