Partido dos Trabalhadores

Monica Valente: Temos que resistir à contraofensiva neoliberal

Secretária executiva do encontro reforçou importância de participação popular para encontrar solução nos países de países que compõem o Foro

Divulgação

Mônica Valente fala na abertura do Foro de São Paulo

A abertura oficial do 23º Encontro do Foro de São Paulo ocorreu na tarde deste domingo (16), em Manágua, capital da Nicarágua. Participaram da abertura a presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, a secretária executiva do Foro de São Paulo e de Relações Internacionais do PT, Monica Valente; a secretária de Mulheres, Laisy Morière; do vice-presidente do PT, Luiz Dulci; Kjeld Jakobsen, Artur Henrique e Selma Rocha.

O evento acontece até o dia 19 de julho, com debates, encontros de parlamentares, jovens e mulheres, grupos de trabalho e oficinas.

Em sua fala de abertura do evento, Monica valente reforçou a importância da participação popular para que seja encontrada uma solução nos países onde atuam os partidos que compõem o Foro. Ela também saudou a presença do porto riquenho Oscar López Rivera, solto após 36 anos de prisão nos Estados Unidos por lutar pela independência de seu país. Valente ainda celebrou o processo de paz na Colômbia e a continuidade da revolução cubana, representada pelo comandante José Ramon Balaguer. A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do processo democrático na Venezuela também tema da fala da secretária executiva do Foro.

“Temos celebrações, mas temos que seguir lutando e seguir resistindo, com muita força, a contraofensiva imperial e neoliberal, contra nossos governos e nossos partidos, como no caso de Venezuela, onde a contraofensiva da direita busca destruir os exitos e as conquistas de um povo através da revolução bolivariana, e que nós do Foro de São Paulo temos um compromisso com a Assembleia Constituinte marcada para o dia 30 de julho”, afirmou Valente.

“Nós apostamos que a melhor maneira de resolver as coisas em cada país é junto com o povo, consultando o povo, fazendo com que o povo decida o que quer, não através de golpes como se passou em Brasil, Paraguai e Honduras. A Assembleia Constituinte chamada pelo presidente comandante Nicolás Maduro é uma resposta contundente do método dos partidos que compõem o Foro de Sâo Paulo, que é junto com o povo, com a participação cidadã e combativa das pessoas, através de sua organização, através de sua participação, que devemos e podemos resolver os problemas e os desafios que temos em nossa caminhada”.

“Temos que seguir resistindo no Brasil, como resistimos na Argentina, Paraguai, Honduras, e também resistir aos ataques a nossos governos como em El Salvador e outros países que governamos. Por isso, um de nossos desafios é seguir lutando e seguir resistindo a essa ofensiva neoliberal e imperial contra os exitos e a luta que logramos fazer”.

“O segundo desafio é que nos colocamos como Foro de São Paulo, que é construir um documento programático do Foro, chamado de Consenso de Nossa América. É nesse documento que, pela primeira vez em um documento programático, se faz um recorrido dos êxitos que tivemos ao governas nossos países, onde implementamos políticas de promoção da igualdade social, desenvolvimento com justiça social, de igualdade de oportunidades. Mas também de propor uma nova estrategia de combater a contraofensiva neoliberal na america latina”.

Monica ainda destacou que o Foro de São Paulo propõe uma alternativa ao Consenso de Washington e suas políticas neoliberais. “Mostramos nos últimos 15 anos como é possível, com o povo, fazer desenvolvimento com justiça social”.

A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffmann, denunciou a perseguição que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sofrido no Brasil durante intervenção, neste domingo (16), na abertura do 23º encontro do Foro de São Paulo.

“Estamos frente a ofensiva de judicialização da política em todo o continente, e no Brasil a intenção é destruir o PT e impedir que o maior líder popular brasileiro, Lula, seja nosso candidato nas eleições presidenciais de 2018, pois sabem que a possibilidade de sua vitória é enorme”, disse.

“E mais do que nunca necessitamos de um governo de esquerda de volta ao nosso país para retomar o desenvolvimento nacional, a política externa altiva e ativa e reverter as consequências do ajuste neoliberal imposto pela quadrilha golpista que se instalou no nosso governo”, completou Gleisi.

Da Redação da Agência PT de Notícias