Numa das etapas da Operação Acrônimo, que investiga a campanha do governador mineiro Fernando Pimentel, a Polícia Federal descobriu um pagamento de R$ 4 milhões feito pela construtora JHSF à firma de advocacia do atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
A informação foi divulgada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, nesta sexta-feira (7). Ainda segundo a reportagem, a PF pediu abertura de inquérito, mas o caso foi arquivado sumariamente por decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.
As anotações com o nome de Moraes foram apreendidas no dia 16 de agosto deste ano. Em 22 de setembro, apenas oito dias após a documentação dar entrada no STF, sem abertura de inquérito ou autorização de medidas investigatórias, o caso foi arquivado por Fux, de forma monocrática, sem consultar a Procuradoria-Geral da República.
De acordo com a reportagem, Fux citou previsão do Regimento Interno do STF que permite ao relator arquivar pedidos de investigação se “o fato narrado evidentemente não constitui crime”.