Faleceu nesta terça-feira (29) o irmão mais velho do ex-presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá. Ele, que também foi metalúrgico em São Bernardo do Campo, estava com 79 anos e lutava contra um tipo raro de câncer que afeta os vasos sanguíneos. Lideranças de todo o país lamentam o ocorrido e se solidarizam com a família da Silva.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que é “mais uma tristeza para Lula. Morre seu irmão mais velho, Vavá, vítima de um câncer. Lula tinha em Vavá uma figura paterna. Nossos sentimentos à família. Abraço afetuoso e de força a Lula. Esperamos que ele possa ver Vavá pela última vez”.
A ex-presidenta Dilma Rousseff também lamentou o falecimento do irmão de Lula. “Ele, que também foi metalúrgico em São Bernardo do Campo, estava com 79 anos e lutava contra um tipo raro de câncer que afeta os vasos sanguíneos. Lideranças de todo o país lamentam o ocorrido e se solidarizam com a família da Silva”.
A deputada federal Maria do Rosário se manifestou afirmando que “o falecimento hoje, de Vavá, irmão de Lula, é mais uma perda familiar irreparável, num grave período em que é um preso político. Quem devolverá a essa família o convívio, que sem ser condenado definitivamente, e sem provas, lhe tiram? Porque o judiciário permite isso?”
Morando na mesma casa por mais de 40 anos, Vavá enfrentou várias cirurgias nos últimos anos, culminando com uma amputação da perna esquerda. Assim como Dona Marisa, ele também sofreu com a perseguição política à família de Lula. “Temos a vida vigiada, a gente vive grampeado”, disse uma vez.
Em 2005, ele foi acusado injustamente pela Polícia Federal de montar um escritório de lobby para empresários. Na época, a PF invadiu sua casa, juntou documentos e não encontrou nada que provasse a denúncia. “Até gostei, verificaram minha vida e viram que não tenho nada de sujeira”, afirmou em entrevista à Istoé. “As pessoas não aceitam que os irmãos de Lula não tenham nada”, acrescentou
Mesmo com todo esse sofrimento, ele esteve presente no velório de Dona Marisa Letícia, falecida em fevereiro de 2017, e depois compareceu na missa de um ano, pouco antes de Lula se tornar um preso político.
Em 2018, quando Lula já estava sendo mantido injustamente em Curitiba e uma ordem de soltura foi emitida, depois negada, ele sofreu mais uma vez. Seu filho Edison chegou a afirmar que a perseguição política agravou sua condição.
“Todo este processo político foi dado depois de um golpe. A partir daí, as coisas foram se sucedendo. Meu pai vinha se recuperando de um problema de saúde. Com tudo o que aconteceu, ele entrou em queda livre, ficou angustiado. Esse assunto atinge a todos, de forma diferente”, disse em entrevista à Época.
Da Redação da Agência PT de notícias