O Brasil reduziu em 43% a taxa de mortes maternas segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nessa semana. A redução de mortes relacionadas à gravidez ou parto, entre 1990 e 2013, também foi observado em mais dez países latino americanos.
Na década de 1990, a cada 100 mil nascimentos, 120 mulheres perdiam a vida vítimas de complicações durante a gravidez ou o parto. Hoje, a mortalidade de mães é de 69 para cada 100 mil nascidos vivos.
Os números da OMS mostram a importância de investimentos voltados à saúde voltados das mulheres, além de campanhas montadas especialmente para gestantes e parturientes.
Outros países que também conseguiram reduzir as mortes maternas foram o Peru, com 64%, Bolívia e Honduras, com 61% cada, República Dominicana, 57%, Barbados, 56%, Guatemala, 49%, Equador, 44%, Haiti, 43%, El Salvador, 39% e Nicarágua, 38%.
No Brasil, embora a mortalidade materna ainda seja um problema, em 2013, cerca de 9,3 mil mulheres perderam a vida antes ou durante o parto. Um número menor que as 17 mil que morreram pelo mesmo motivo, em 1990.
A queda do índice no Brasil pode ser explicada por uma série de fatores, entre eles, a criação de programas voltados à melhoria no atendimento materno e ao recém-nascido. Entre eles, a Rede Cegonha, lançado, em 2011, pelo governo federal, para incentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde de mulheres e crianças.
Assim, é feito um atendimento personalizado em toda fase reprodutiva: planejamento reprodutivo, confirmação da gravidez, pré-natal, parto, pós-parto, e atenção até o segundo ano de vida do filho. Atualmente, a Rede Cegonha atende a 2,6 milhões de gestantes, um investimento de mais de 3,3 bilhões de reais. Somente no primeiro ano de funcionamento do programa, houve queda de 6,2% no número de óbitos decorrentes de complicações na gravidez e no parto, em comparação com o ano anterior, 2010.
Em 2012, foram realizadas 18,2 milhões de consultas pré-natais pelo SUS, e mais de 1,6 milhão de mulheres fizeram, no mínimo, sete consultas.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias