Partido dos Trabalhadores

Movimentos populares realizam ato contra crime ambiental da Braskem em Maceió

Nesta quarta-feira (5), a partir de 7h, manifestantes ocuparão a Avenida Fernandes Lima, em frente ao Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (CEPA) da capital alagoana

Reprodução

Já considerado como o maior crime ambiental em solo urbano do mundo, o caso da Braskem em Maceió ganhou repercussão em fevereiro de 2018

Movimentos populares conclamam o povo de Maceió (AL) a participar de um ato em defesa das vítimas da Braskem, na manã desta quarta-feira (6). Marcado para 7h, a concentração será na Avenida Fernandes Lima, em frente ao Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (CEPA), complexo educacional que também é atingido pelo crime da petroquímica.

A mobilização foi organizada pelo Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) e pela Associação de Empreendedores Vítimas da Mineração em Maceió, com apoio de várias organizações e movimentos populares do campo e da cidade. Moradores dos bairros atingidos que foram desapropriados, além dos remanescentes, como os moradores do Bom Parto, Flechais e Bebedouro também apoiam o movimento. Todos atingidos diretamente pelo descaso diante do agravamento do risco iminente de colapso de uma nova mina na capital alagoana.

Leia mais: Governo mobiliza ministérios para acompanhar mina sob risco de colapso em Maceió

Já considerado como o maior crime ambiental em solo urbano do mundo, o caso da Braskem em Maceió ganhou repercussão em fevereiro de 2018 quando, após uma temporada de fortes chuvas, um tremor foi sentido na cidade, provocando rachaduras em alguns imóveis. Inicialmente, o acontecimento foi tratado como fato isolado pelos residentes. Porém, em março daquele ano, um novo abalo, de 2,5 na escala Richter, provocou um aumento das fissuras, preocupando os maceioenses. Resultado da exploração mineral subterrânea, bairros inteiros tiveram que ser evacuados naquele ano.

Já são mais de 200 mil pessoas afetadas direta e indiretamente pelo crime ambiental, resultado da extração de sal-gema, material que pode ser usado em cozinha e para produção de produtos como plástico do tipo PVC e soda cáustica, que desde os anos 60 ocorre no solo de Maceió.

O ato pretende desencadear uma agenda de mobilizações unificadas na capital em denúncia ao crime ambiental, envolvendo as organizações em diálogo com a sociedade. Além dos atos de rua, as ações também têm pautado as iniciativas nas redes sociais, que na última sexta-feira (01) colocou a menção #BraskemCriminosa como um dos assuntos mais comentados no país nas redes sociais, com a adesão de artistas e parlamentares.

Mais informações:
(82) 98885-6254
(82) 99803-6015
Cinthia Pessoa
(82) 98220-3194
Keka Rabelo