Representantes de movimentos sociais dos cinco países (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estiveram reunidos em Fortaleza, num encontro paralelo à VI Cúpula dos Brics. Promovido pela Rebrip (Rede Brasileira pela Integração dos Povos) e pela FES (Fundação Friedrich Ebert), a reunião tratou de uma pauta conjunta de lutas para pressionar o bloco a tomar decisões inclusivas do ponto de vista econômico e democrático.
Para os movimentos, se não houver uma participação crítica, a tendência é prevalecer o aspecto empresarial e financeiro. “Devemos olhar para o passado e ver as grandes mobilizações internacionais, como contra o apartheid e contra a Guerra do Vietnã, ou mais recentemente, os movimentos contra a especulação desenfreada, e construir algo parecido”, propôs o sul-africano Brian Ashley, da AIDC (Alternative Information and Development Centre).
Kjeld Jacobsen, da Fundação Perseu Abramo, avaliou que, apesar das diferenças entre os países, a criação do bloco pode ter um papel importante nas relações internacionais e os movimentos têm de ser ouvidos. “Participar não significa aprovar todas as decisões, mas disputar e criticar o que está errado”, disse.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da CUT