Durante o evento que aconteceu na terça-feira(6) lideranças de movimentos sociais e sindicais acusaram o governo Temer de mentir para a população nas campanhas publicitárias nos meios de comunicação na tentativa de justificar a reforma. Os representantes dos movimentos populares também destacaram a necessidade de a população sair às ruas, em 19 de fevereiro – Dia de Luta pela Aposentadoria – para barrar a reforma e defender a democracia.
“Vamos fazer a mobilização no próximo dia 19, independente se o governo votar [a reforma] nesse dia ou não. A CPI da Previdência no Senado provou que não há déficit, mas ainda assim o governo mente na televisão e tenta jogar a sociedade contra os servidores púbicos, com o objetivo de privatizar os serviços públicos”, disse Graça Costa, Secretária Nacional de Relações de Trabalho da CUT.
Alexandre Conceição, Coordenação Nacional do MST, destacou que a reforma da Previdência é mais uma fase do golpe, “Depois da primeira fase do golpe, agora tentam retirar os direitos dos trabalhadores. Essa reforma é uma encomenda das Organizações Globo, que é sócia da principal empresa de Previdência privada do Brasil (A Mapfre)”, e mandou um recado para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia,”Um aviso a Rodrigo Maia ou a qualquer outro golpista que queira votar a favor dessa proposta: Se votar, não volta!”
Guilherme Boulos, da coordenação Nacional do MTST e da Frente Povo Sem Medo, criticou o governo ilegítimo, “Este governo não tem autoridade política nem moral para aprovar uma reforma que retira direitos dos trabalhadores. A Previdência não é insustentável como o governo”. Boulos ainda lembrou que a reforma trabalhista aprovada pelo governo Temer, diminuiu as ofertas de emprego e futuramente irá refletir nos cofres da previdência, “Insustentável é a sonegação, as dívidas das grandes corporações, e a informalidade no mercado de trabalho fruto da reforma trabalhista de Temer, que aumenta o desemprego reduzindo as contribuições para a Previdência.”
Rosangela Piovesani, Dirigente do Movimento de Mulheres Camponesas, alertou que a reforma atingira principalmente os moradores de pequenos municípios e mulheres, “Cerca de 70% dos pequenos municípios sobrevivem do pagamento dos benefícios previdenciários, que trazem mais dignidade e melhores condições de vida à população rural. As mulheres serão as mais atingidas com essa reforma, que é um atentado à Constituição Federal e aos direitos que tanto lutamos para conseguir.”
O ato contou com a participação de lideranças de outros movimentos sociais e centrais sindicais. Entre eles a Anfip, CNTE, CNTC, Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CNBB), Condsef, Contraf, CTB, CSP/Conlutas, CSB, Fasubra, Fenae, Fenasps, Força Sindical, Intersindical, Proifes, Sindifisco Nacional, Pública, Frente Brasil Popular, MPA, Contag, ABRA, UnB (Fama e Quintas Urbanas), Sinait, SEEBB/DF, Sintsep/GO, APMD, Sinpro/DF, CONAQ, Sindifisco Nacional, ASSIBGE-SN, SINTUFF.
Por PT na Câmara